A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
deu o aval para que a vacina
contra a Covid-19 RNA MCTI CIMATEC HDT, desenvolvida na Bahia, avance para a segunda fase dos testes clínicos. Essa é a penúltima etapa antes da conclusão dos estudos.
Caso os resultados sejam positivos, essa será a primeira vacina brasileira
contra a doença.
Para dar o sinal verde à próxima etapa dos testes, a Anvisa analisou os dados da fase 1 dos estudos, além de informações dos estágios pré-clínicos em laboratório e com animais.
Agora, na segunda fase, o imunizante terá a imunogenicidade avaliada, que é a capacidade de estimular o sistema imunológico do indivíduo e induzir a produção de anticorpos e células de defesa. Ao fim, os resultados de ambos os grupos são comparados para se verificar o efeito do imunizante no sistema de proteção do corpo.
O estudo prevê a participação de 330 voluntários, homens e mulheres, de 18 a 65 anos, em diferentes regiões do Brasil.
A vacina utiliza uma tecnologia semelhante à da adotada nas aplicações da Pfizer e da Moderna, aprovadas em diversos países do mundo: o RNA mensageiro.
Vacina mineira em estudo
Na semana passada, a Anvisa deu o aval para o início dos ensaios clínicos de uma outra candidata de vacina para a Covid-19 no Brasil. O imunizante foi desenvolvido por pesquisadores do Centro de Vacinas na Universidade Federal de Minas Gerais (CTVacinas - UFMG) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A expectativa é que a fase 1 dos testes da vacina, chamada de SpiN-Tec, comece em novembro. Nessa primeira etapa, serão recrutados 432 voluntários entre 18 e 85 anos.
A nova aplicação será avaliada como uma dose de reforço e comparada à vacina desenvolvida pela Oxford/AstraZeneca. A tecnologia utilizada é chamada de proteína recombinante, que utiliza em sua formulação os antígenos do vírus, como a proteína S, para despertar a resposta imune.
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