Dor crônica
Redação EdiCase
Dor crônica

Apesar de a gordura ter sua importância para o corpo, o excesso dela pode se tornar algo prejudicial para a saúde . Estudos já apontaram que ela tem relação com algumas doenças, como: obesidade, aumento do colesterol, mau funcionamento dos órgãos, diabetes e até mesmo problemas cardíacos. Porém, novos estudos têm mostrado que uma alimentação não balanceada pode ser a causa de dor crônica.

O neurocientista Dr. José Augusto Nasser comenta que um estudo de pesquisadores da Universidade do Texas em Dallas mostrou que uma dieta rica em gorduras pode causar uma alteração neurológica, que transforma a dor aguda em crônica. Essa condição vem até mesmo quando a pessoa não tem outro problema de saúde que a antecede, como obesidade ou diabetes.

“O estudo mostrou que, ao contrário do que pensamos, a dor não tem relação com doenças pré-existentes. A dieta rica em gorduras pode resultar nos estímulos que causam a dor. E quando falamos sobre consumir muitos alimentos gordurosos, não falamos sobre uma consequência que virá ao longo prazo. Uma dieta rica em gordura, por um curto período, é tempo suficiente”, explica.

O médico relembra que esse hábito de consumir alimentos gordurosos já faz parte da rotina alimentar dos ocidentais. Ele cita como exemplo os ovos, bacon, carne vermelha, queijo e manteigas. Em grandes quantidades podem resultar até mesmo em uma inflamação sistêmica, informa o especialista.

"A própria dieta causou marcadores de lesão neuronal. Agora que vemos que são os neurônios sensoriais que são afetados, como isso está acontecendo? Descobrimos que, se você tirar o receptor ao qual o ácido palmítico se liga, não verá esse efeito sensibilizante nesses”, comenta o médico.


O especialista aponta que o próximo passo dos responsáveis pela pesquisa será concentrar-se em como reverter esses problemas. Mas, antes disso será necessário entender melhor a transição da dor aguda para a crônica.

“Com essa pesquisa os profissionais de saúde saberão identificar o sintoma ao tratar o paciente. Ou seja, quando alguém chegar ao consultório com dor crônica, será possível saber se está relacionada a uma doença pré-existente, ou causada por uma alimentação não balanceada. Isso será um grande avanço”, conclui.

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