Mortes por overdose entre adolescentes disparam nos EUA
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Mortes por overdose entre adolescentes disparam nos EUA

Um novo estudo dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos alertou sobre o crescimento de 109%, nos últimos três anos, na média mensal de mortes por overdose entre adolescentes de 10 a 18 anos no país.

A pesquisa aponta ainda para o consumo de pílulas falsificadas contendo fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais potente que o heroína. No mesmo período, o crescimento de overdoses que resultaram em óbito diretamente associadas aos comprimidos saltou 182% na faixa etária.

Em contrapartida, o estudo também aponta na diminuição do consumo de drogas ilícitas nesse período, o que para os pesquisadores sugere que o aumento das mortes provavelmente se deve a "drogas mais potentes".

O fentanil é um opioide sintético altamente viciante que cresceu no país. Segundo a análise, cerca de um quarto (25%) das overdoses de adolescentes são causadas pelas pílulas falsificadas, geralmente vendidas como oxicodona (um analgésico) ou alprazolam (um ansiolítico às vezes conhecido como Xanax). Uma porcentagem possivelmente subestimada.

“A proliferação de pílulas falsificadas que parecem medicamentos prescritos, mas na verdade contêm fentanil fabricado ilegalmente, e a facilidade com que podem ser compradas nas mídias sociais aumentaram o risco de overdose fatal entre adolescentes”, alertaram as autoridades de saúde no trabalho.

O estudo ainda não conseguiu identificar se os adolescentes acreditavam que estavam tomando remédios legais, ainda que não orientados de forma recreativa, ou se sabiam que eram falsificados.

No total, entre julho de 2019 e dezembro de 2021, há registros de 1.808 overdoses que resultaram em morte na faixa etária. Foram em média 32,5 casos por mês – uma morte por dia – entre julho e dezembro de 2019, antes da pandemia. Depois, passou para 68 óbitos por mês no mesmo período de 2021 – aumento de 109%.

"São necessários esforços urgentes" para evitar essas mortes, disse o CDC, principal agência de saúde pública dos EUA.

Para isso, as autoridades recomendam fortalecer as campanhas preventivas e explicar aos adolescentes que existem testes para detectar a presença do fentanil nas pílulas, além de um antídoto, a naloxona, que pode bloquear o efeito dos opioides.

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