Após declarações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden , e da Organização Mundial da Saúde (OMS) , a China defendeu sua forma de conduzir o surto de Covid-19 no país, nesta quinta-feira (5).
Enquanto Biden expressou preocupação com a situação da população chinesa, a OMS disse que Pequim poderia estar subnotificando as mortes em decorrência da doença .
Nessa quarta (4), o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, afirmou que as autoridades chinesas estavam sub-representando os dados em várias fontes , entre outras críticas à condução da pandemia no país.
No mês passado, a China pôs fim aos rígidos controles relacionados à Covid -19 após o crescimento dos protestos contra essas restrições e aumento da pressão sobre as autoridades, em oposição à chamada política " Covid Zero ".
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, por outro lado, disse que o país compartilhou de forma transparente e rápida os dados da doença com a OMS, em coletiva de imprensa.
Ele também afirmou que a "situação epidêmica da China é controlável" e que esperava que a Organização "mantivesse uma posição científica, objetiva e imparcial".
"Os fatos provaram que a China sempre, de acordo com os princípios de legalidade, pontualidade, abertura e transparência, manteve uma comunicação próxima e compartilhou informações e dados relevantes com a OMS em tempo hábil", acrescentou Mao.
Ontem, a China registrou uma nova morte por Covid, em comparação com cinco óbitos no dia anterior. Segundo dados oficiais, o número de mortos pela doença subiu para 5.259.
O diretor da OMS disse, nessa quarta, que os números divulgados pela China , porém, sub-representavam internações hospitalares, pacientes em unidades de terapia intensiva e mortes.
Pouco tempo depois, Biden também expressou preocupação com a maneira como a China lidou com o surto da doença . "Eles são muito sensíveis... Quando sugerimos que não foram tão abertos", disse Biden a jornalistas durante visita ao estado de Kentucky.
Entre os dezenas de países que impuseram restrições a viajantes vindos da China , os Estados Unidos fazem parte do grupo.
A China, no entanto, criticou os controles de fronteira , dizendo que são irracionais e não científicos. Pela primeira vez em três anos, o governo afirmou que a fronteira com sua região administrativa especial de Hong Kong seria reaberta no domingo.
No final de janeiro, é esperado que milhares de pessoas viajem à China para o feriado do Ano Novo Lunar.
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