A alta taxa de mortalidade causada pelo Ebola força medidas extremas de controle da saúde
Reuters
A alta taxa de mortalidade causada pelo Ebola força medidas extremas de controle da saúde

A Uganda, junto com a Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciaram nesta quarta-feira (11), que o surto de Ebola que o país passava foi superado, após quatro meses desde o primeiro caso. O paciente zero do país foi detectado no dia 20 de setembro de 2022.

O comunicado foi disponibilizado pela OMS em inglês, e pode ser acessado  no site da organização . As autoridades do país promoveu uma cerimônia de cerca de 3h20min, transmitida em rede pública de radiodifusão, sediada no distrito de Mubende. Ela pode ser vista pelo YouTube.

Com orgulho, a Ministra da Saúde de Uganda, Jane Ruth Aceng, disse que o país controlou "com sucesso a epidemia de Ebola", destacando o trabalho das "principais medidas de controle, como vigilância, rastreamento de contatos e infecções e prevenção". Aceng ainda reforçou o papel da população para o controle da epidemia que assolava o país: "embora expandíssemos nossos esforços para implementar uma resposta forte nos nove distritos afetados, o ponto crucial foi nossas comunidades que entenderam a importância de fazer o que era necessário para acabar com o surto".


Em uma publicação no Twitter, o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom, parabenizou a Uganda pela conquista, além de agradecer a todos que doaram e ajudaram para que o surto fosse contido no país.

“Parabéns ao governo, profissionais de saúde e comunidades de Uganda por sua dedicação para acabar com o surto de ebola em menos de 4 meses. Agradecemos aos doadores e parceiros por mobilizar recursos rapidamente e aos desenvolvedores de vacinas por disponibilizar vacinas candidatas em tempo recorde.” (Tradução do tweet)


Durante a cerimônia, Dr. Tedros ainda fez um discurso que enalteceu a forma como o país lidou com o surto. "Uganda mostrou que o Ebola pode ser derrotado quando todo o sistema funciona em conjunto, desde a instalação de um sistema de alerta até a localização e atendimento das pessoas afetadas e seus contatos, até a obtenção da participação total das comunidades afetadas na resposta. As lições aprendidas e os sistemas implementados para este surto protegerão os ugandenses e outros nos próximos anos."

A OMS destaca que para o país tratar o Ebola como uma doença superada, não pode haver registros ou relatos de qualquer caso confirmado, ou de suspeitas, numa janela de 42 dias. Este período é o dobro dos dias de incubação do vírus.

Vale ressaltar que tal surto foi causado pelo Sudan Ebolavirus, uma das seis especies da doença que não possuí um tratamento nem vacina para o controle."Este foi um dos surtos de Ebola mais desafiadores nos últimos cinco anos. Dois meses atrás, parecia que o Ebola lançaria uma sombra negra sobre o país até 2023, quando o surto atingiu grandes cidades como Kampala e Jinja, mas esta vitória começa o ano com uma nota de grande esperança para a África", afirmou Dr. Matshidiso Moeti, diretor-regional da OMS na África.  

Ao todo foram 142 casos confirmados, 22 pessoas com suspeitas e 55 que morreram em decorrência do Ebola. O último paciente que recebeu alta foi aconteceu no dia 30 de novembro de 2022.

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