A vacina em gotinha contra a poliomielite será substituída pela versão inativada do imunizante, a partir de 2024, de forma gradual. Hoje esse tipo de vacinação ocorre no reforço aos 15 meses de idade.
As doses aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida da criança já são feitas com a versão injetável contra a pólio. A dose de reforço aplicada atualmente aos 4 anos não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir a proteção contra a pólio.
A novidade foi divulgada nesta sexta-feira (7) pelo Ministério da Saúde. A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização analisou a recomendação do uso da versão apenas injetável da vacina contra a pólio e aprovou, por causa de novas evidências científicas para proteção contra a doença.
A atualização considerou os critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema.
Desde 1989, não existe notificação de caso de pólio no Brasil, mas o alerta veio por causa da baixa cobertura vacinal registrada no ano passado, de apenas 77%, bem longe da meta de 95% do Ministério da Saúde. Por isso, o governo federal realiza uma mobilização para retomar as altas coberturas vacinais do país, incluindo a da poliomielite.
Em fevereiro, foi lançado o movimento Vacina é vida. Vacina é para todos, para atingir 90% da cobertura em todas as vacinas. Caso seu filho ou você esteja com alguma vacina em atraso, é só procurar um postinho, todas as doses previstas no Calendário Nacional de Vacinação estão disponíveis, incluindo o reforço bivalente da covid-19.