Um estudo realizado pelo American Journal of Preventive Medicine indicou que o leite materno ajudou a reduzir em até 33% a probabilidade de morte de bebês nos Estados Unidos, entre 2016 e 2018. Das quase 10 milhões de crianças nascidas no período, aquelas amamentadas tiveram o risco de morte reduzido.
As descobertas se baseiam em pesquisas anteriores nos EUA, que documentaram o início da amamentação e a redução da mortalidade infantil pós-perinatal em uma faixa de 19% a 26%. “Com base nesses dados, há evidências claras de que a amamentação confere um benefício protetor durante o primeiro ano de vida e está fortemente associada à redução da mortalidade infantil pós-perinatal nos EUA”, disse a chefe do departamento de pediatria do Centro de Medicina da Amamentação infantil em Cincinnati, Julie L. Ware.
A amamentação é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras autoridades sanitárias como a nutrição preferencial para lactentes, sendo recomendado que as famílias exclusivamente amamentem os bebês nos primeiros 6 meses de vida, aderindo outros alimentos a partir dos 2 anos.
“Embora a amamentação seja amplamente recomendada, alguns ainda podem considerá-la de menor importância”, disse Ardythe Morrow, co-pesquisadora do estudo e professora de Medicina da Universidade de Cincinnati. “Esperamos que nossas descobertas mudem a narrativa; o leite humano está repleto de proteínas protetivas e a amamentação oferece proteção significativa”, afirma.