O Brasil enfrenta um cenário preocupante em relação à dengue, liderando o número global de casos em 2023, com 2,9 milhões de registros, representando mais da metade dos 5 milhões de casos reportados mundialmente.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) destaca que a crise climática, o aumento das temperaturas e o fenômeno El Niño são fatores determinantes para o crescimento desses números, proporcionando condições ideais para a sobrevivência do mosquito Aedes aegypti em novos ambientes.
Dos casos no Brasil, 0,05% são considerados graves, totalizando 1.474 ocorrências, colocando o país como o segundo na região com mais casos graves, atrás apenas da Colômbia.
Globalmente, a OMS registrou mais de 5 milhões de infecções e 5 mil mortes por dengue, sendo 80% desses casos nas Américas, seguido pelo Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental.
A preocupação se estende para países anteriormente livres de dengue, como França, Itália e Espanha, que reportaram casos de transmissão autóctone, ou seja, originados internamente e não importados do exterior.
Os sintomas comuns da dengue incluem febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas. Medidas de prevenção eficazes incluem a eliminação de criadouros e a proteção contra picadas.
No Brasil, uma medida significativa está sendo tomada com o início da vacinação contra a dengue em fevereiro de 2024. O país será o primeiro a incorporar a vacina Qdenga (TAK-003) no sistema de saúde, aprovada pela Anvisa.
A vacina será administrada em duas doses, protegendo contra os quatro sorotipos do vírus, com eficácia de 80,2% para evitar infecções e 90,4% para casos graves.
A disponibilidade da vacina Qdenga já pode ser encontrada em clínicas particulares, com preços variando entre R$ 400 e R$ 500 por dose, totalizando entre R$ 800 e R$ 1 mil devido ao esquema de duas aplicações com intervalo de três meses. A iniciativa visa conter a propagação da doença e reduzir o impacto dos casos graves no país.