Rio Grande do Sul registra primeira morte por dengue em 2024

Vítima é uma mulher de 71 anos, residente do município de Tenente Portela

Aedes aegypti, mosquito da dengue
Foto: Pixabay
Aedes aegypti, mosquito da dengue

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou a primeira morte por dengue em 2024. Em nota, o órgão informou que a vítima fatal é uma mulher de 71 anos, residente do município de Tenente Portela, localizado a cerca de 470 km da capital Porto Alegre.

Em comunicado, a Secretaria de Saúde informou que idosa tinha comorbidades e o óbito ocorreu em 31 de janeiro, tendo sido confirmando somente nesta segunda-feira (5).

Até o momento, o Rio Grande do Sul já registra 2.314 casos confirmados da doença, dos quais 2.101 são autóctones, que é quando o contágio acontece dentro do Estado, com os demais sendo importados (residentes do RS que foram infectados em viagem a outro local). 


Em 2023, o Estado registrou mais de 34 mil casos autóctones. Ao todo, foram 54 óbitos em virtude da dengue no ano passado.  

Estados em alerta

Apesar da preocupação, o Rio Grande do Sul não está entre os estados com maior incidência da doença neste início de ano. Na última sexta-feira (2),  o Ministério da Saúde informou que Distrito Federal , Minas Gerais , Acre e Paraná são as unidades federativas mais afetadas - todas estão em alerta de emergência. O mesmo ocorre na cidade do Rio de Janeiro, que já soma 11 mil casos no ano. 

Como identificar?

- Febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor retro-orbital (atrás dos olhos);
- Dor de cabeça;
- Dor no corpo;
- Dor nas articulações; 
- Mal-estar geral;
- Náusea;
- Vômitodiarreia;
- Manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.

Vacina a caminho

A distribuição das doses de vacina contra a dengue está prevista para ter início nesta semana, com 512 municípios recebendo os imunizantes. De acordo com a pasta da Saúde, a escolha dos municípios foi feita pela alta transmissão da doença e incidência do sorotipo 2 do vírus. O governo estima vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas em 2024.

Ministra adverte

Apesar da expectativa pelo imunizante, a ministra Nísia Trindade afirmou que a vacina não é a resposta imediata para a doença . Segundo a ministra, devido ao intervalo de três meses entre as doses, a vacina não pode ser uma resposta a curto prazo no combate à dengue.

Como a vacina age?

A Qdenga (TAK-003), vacina desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma para a prevenção da dengue, obteve a aprovação da  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023.

Composta por vírus vivos atenuados da dengue, a vacina é projetada para desencadear respostas imunológicas eficazes contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. A administração do imunizante segue um esquema de duas doses, com um intervalo de três meses entre cada aplicação.