Vacina
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Um estudo publicado na revista científica The Lancet na última quinta-feira (1º) mostrou a 3ª fase de testes da R21/Matrix-M, uma nova vacina contra a malária, apontando qye o imunizante é capaz de proteger 3 em cada 4 crianças. O novo imunizante está sendo desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo Instituto Serum da Índia.

A Organização Mundial da Saúde pré-qualificou a vacina em dezembro de 2023, um passo que é obrigatório para a aquisição do medicamento pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O órgão distribui as vacinas às populações carentes. 

A R21/Matrix-M é a segunda vacina contra a malária que recebe o aval da OMS, sendo a primeira a RTS,S/AS01, que foi desenvolvida pela GSK.

Segundo o estudo realizado com 4,8 mil crianças em 4 países africanos — Burkina Faso, Quênia, Mali e Tanzânia — o imunizante foi eficaz em 78% ao longo do 1º ano de acompanhamento do grupo etário de 5 a 17 meses.

A Universidade de Oxford emitiu o seguinte comunicado: "Os dados de segurança do ensaio foram tranquilizadores, sem quaisquer eventos adversos graves associados à imunização. Nenhuma outra vacina relatou eficácia superior a 55% na mesma faixa etária. Uma dose de reforço anual manteve boa eficácia durante os 6-12 meses seguintes”.

O imunizante preveniu 75% dos casos de malária nas crianças entre 5 e 36 meses que receberam 3 doses do imunizante. Elas foram vacinadas antes do pico de malária. Já nas áreas de maior transmissão, com ondas durante o ano inteiro, a prevenção foi de 68%.

Para o investigador-chefe da 3ª fase do ensaio clínico da R21/Matrix-M, professor Adrian Hill, "a alta eficácia” da vacina “é muito encorajadora”. Ele acrescenta que o novo imunizante será "uma nova ferramenta importante para o controle da malária”.

Já o CEO do Instituto Serum, Adar Poonawalla, afirma que a pesquisa "marca um avanço significativo”, e classifica a malária como uma "ameaça global”. "Estamos empenhados em disponibilizar esta vacina, especialmente na África, onde a malária representa uma ameaça substancial para milhões de vidas”, completa.

Segundo os dados da OMS, quase meio milhão de pessoas morrem de malária nos países africanos por ano. Em 2022, foram ao menos 608 mil mortes pela doença em 85 países, e mais de 240 milhões de infectados.

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