Hábitos dos brasileiros mudaram nos últimos 15 anos
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Hábitos dos brasileiros mudaram nos últimos 15 anos


Os hábitos dos brasileiros mudaram em relação às bebidas e ao tabaco nos últimos 15 anos. De acordo com a  Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, o país foi o segundo a aplicar integralmente todas as medidas sugeridas pelo órgão para diminuir o consumo de tabaco. Entre as medidas estavam monitorar, proteger, oferecer ajuda, alertar e aumentar impostos . Em contramão, houve uma estabilidade no abuso de bebida alcoólica, principalmente entre mulheres jovens, segundo dados do Vigitel.


Menos fumantes

O mundo todo está diminuindo a quantidade de tabaco que consome, de acordo com um relatório divulgado pela OMS no início do ano. A entidade destacou as ações brasileiras no combate contra o tabagismo. Desde 2010, houve uma redução de 35% no consumo da droga.

A pesquisa começou a ser feita pela Vigitel em 2006. À época, 15,7% dos brasileiros fumavam. Em 2023, esse número chegou a 9,3%. A pesquisa foi feita com uma amostra de pessoas acima de 18 anos nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal; mais de 800 mil adultos foram entrevistados. A coleta de dados não é feita pelo governo desde 2022.

O tabaco é responsável pela morte de 8 milhões de pessoas por ano. No Brasil, cerca de 156 mil pessoas morrem anualmente pelo seu consumo e exposição passiva. E não só morte: enfermidades como câncer, doenças do aparelho respiratório e  doenças cardiovasculares também são resultado do uso dessa droga.

Em contrapartida, o cigarro eletrônico quadruplicou nos últimos quatro anos: em 2018, 500 mil pessoas usavam. Em 2022, esse número chegou a 2,2 milhões de usuários, segundo o IPEC. Apesar da venda ser proibida desde 2009, o produto é facilmente encontrado no país.

Abuso no consumo de álcool

A pesquisa realizada pela Vigitel considera o abuso do álcool quando uma mulher ingere quatro ou mais doses e homens quando ingerem cinco ou mais doses* em uma mesma ocasião, ao menos uma vez nos últimos 30 dias anteriores à data da pesquisa.

*No Brasil, uma dose de bebida equivale a 14g de álcool em seu estado puro, ou seja: 350 ml de cerveja; 150 ml de vinho; 45 ml de destilado.

Ao contrário do que acontece com o tabaco, o consumo abusivo de álcool subiu de 17,2% para 20,8% entre homens e mulheres. Em 2008, a frequência entre os homens era de 26,1% e das mulheres 9,6%. Em 2023, o abuso aumentou em ambos os casos, mas com maior preocupação para as mulheres: a frequência subiu para 15,2%, enquanto os homens estabilizaram com uma pequena alta para 27,3%. 

Não existe um limite seguro para o  consumo de álcool. Entretanto, há um entendimento de que o consumo moderado (uma dose por dia para mulher e duas doses para o homem) dificilmente traz prejuízos maiores para uma pessoa com saúde.

Dados da OMS dizem que cerca de três milhões de pessoas morrem por ano devido ao uso nocivo dessa droga. Seu consumo é um fator que causa mais de 200 doenças ou lesões, como cirrose hepática, úlceras e câncer de garganta. 

É de entendimento médico e popular que o consumo do álcool não pode ser feito por crianças, pessoas em gestação, motoristas (quando estão pilotando) e pessoas com condições de saúde debilitadas. 

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