O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de emergência em saúde pública devido à epidemia de dengue. A medida, assinada pelo governador Eduardo Leite (PSDB), foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (13).
O estado registrou, até o momento, 27,7 mil casos prováveis – em cerca de 94% dos municípios –, e confirmou 20 óbitos por dengue. De acordo com o decreto, o risco epidemiológico foi avaliado com base no "aumento expressivo do número de casos prováveis de dengue, acima do limite superior endêmico do diagrama de controle".
Em nota, a Secretaria de Saúde afirma que a medida "também facilita que o governo federal destine ao Estado recursos específicos para ações de combate à doença", permitindo um "processo ágil e célere na compra de insumos, como medicamentos e vacinas".
Historicamente, o Rio Grande do Sul não apresentava alta incidência de dengue. Como o mosquito precisa de temperaturas mais elevadas para acelerar sua reprodução e botar os ovos, estados mais frios tinham poucos casos registrados.
Mudanças climáticas e chuvas provocadas pela crise do clima são apontados como fatores determinantes para as novas ocorrências de dengue na região, que tem empurrado os mosquitos transmissores para esses locais.
Sintomas e cuidados
A Secretaria da Saúde reforça a importância de que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas. São eles:
- febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor retro-orbital (atrás dos olhos)
- dor de cabeça
- dor no corpo
- dor nas articulações
- mal-estar geral
- náusea
- vômito
- diarreia
- manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira