Tanto em 2020 como em 2021, a maior parcela das despesas com saúde veio das famílias e instituições sem fins de lucro a serviço das famílias (ISFL). Em 2020, elas foram responsáveis por R$ 449,2 bilhões (5,9% do PIB), enquanto as despesas de consumo do governo responderam por R$ 319,8 bilhões (4,2% do PIB). Já em 2021, os gastos das famílias e instituições sem fins de lucro a serviço das famílias atingiram R$ 509,3 bilhões (5,7% do PIB), e os do governo foram de R$ 363,4 bilhões (4,0% do PIB).
Em 2020, tanto o consumo de bens e serviços de saúde quanto não saúde tiveram retração de 4,4% em volume. Já em 2021, o consumo de bens e serviços de saúde teve expansão de 10,3%, enquanto o de bens e serviços não saúde aumentou 2,3%.
“A saúde foi mais um setor fortemente afetado pela pandemia de Covid-19. Em 2020, observamos uma queda na quantidade de procedimentos ambulatoriais e hospitalares, como consultas e cirurgias eletivas. No sentido oposto, em 2021 houve um crescimento do consumo de bens e serviços de saúde, o que pode ser parcialmente atribuído ao início da campanha de vacinação contra a Covid-19, ao aumento do consumo de medicamentos e à retomada da realização de consultas, exames e cirurgias eletivas” explica Tassia Holguin, analista da pesquisa.