Homem recebeu vacina experimental na Inglaterra
Divulgação/Queen Elizabeth Hospital
Homem recebeu vacina experimental na Inglaterra

O Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) começou a testar, no início deste mês, vacinas personalizadas contra o câncer. Assim como o imunizante testado contra o câncer de pele , o novo produto usa uma tecnologia de mRNA, também chamado de RNA mensageiro. 

O tratamento não é aplicado em pessoas que buscam prevenir o desenvolvimento do câncer. Assim, a vacina visa ajudar o sistema imunológico a combater a doença e é aplicada em pacientes que já fizeram cirurgias para remover o tumor original.

De acordo com as biofarmacêuticas BioNTech e Genentech, desenvolvedoras do imunizante, cada dose é personalizada — a vacina é produzida com as mesmas informações genéticas do tumor da pessoa que foi retirado em uma biópsia.

Desta forma, os médicos criam a vacina individualizada, adaptada ao câncer específico de cada pessoa.

Quando elas estarão disponíveis?

A oncologista Victoria Kunene, investigadora principal do estudo, afirmou à mídia britânica que a vacina ainda está em fase de testes. Segundo a especialista, a ideia é aplicar o imunizante em cerca de 10 mil pessoas até 2030. 

"Ainda é muito cedo para dizer se estas vacinas terão sucesso, mas estamos extremamente esperançosos. Os dados que temos até agora mostraram um aumento alto da capacidade de defesa do organismo", declarou a oncologista, sem definir um prazo específico. 


Quem foi o primeiro a receber a vacina?

Pai de quatro filhos e morador de Birmingham, Elliot Pfebve, de 55 anos, foi a primeira pessoa a receber a vacina. Ele descobriu um câncer no intestino no ano passado, quando passou por exames de rotina. Desde então, ele passou por sessões de quimioterapia e uma cirurgia para a retirada do tumor.

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