Medicamento oferece uma esperança de acabar com a Aids
Breno Esaki/Agência Saúde DF
Medicamento oferece uma esperança de acabar com a Aids

Um estudo científico publicado nesta quarta-feira (24) na revista científica "New England Journal of Medicine (NEJM)" aponta que o antirretroviral lenacapavir da Gilead Sciences apresenta uma eficácia geral de 100% na prevenção da infecção pelo HIV-1.

O remédio foi apresentado na 25ª conferência internacional sobre a Aids, que acontece em Munique, na Alemanha.

A taxa de eficácia é muito alta, visto que o teste do medicamento injetável aplicado somente duas vezes por ano foi interrompido antes do esperado, já que os números superaram os critérios de interrupção pré-definidos.

O Unaids, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, também informou o medicamento oferece uma esperança de acabar com a Aids como ameaça à saúde pública até 2030.

O medicamento custa cerca de US$ 40 mil por pessoa, por ano, segundo a agência da ONU.

"Garantir o acesso global equitativo a novas tecnologias pode ajudar o mundo a se colocar no caminho para acabar com a Aids como uma ameaça à saúde pública até 2030", afirmou Winnie Byanyima, Diretora Executiva do Unaids.

O lenacapavir ainda não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a Gilead do Brasil, a submissão no país da droga está "em fase de planejamento interno e, dessa forma, não é possível fornecer uma data estimada".

Segundo os cálculos, o custo do lenacapavir genérico deve começar em US$ 100 por ano (558 reais) e  pode cair para US$ 40 (223 reais) à medida que a demanda aumentar.

A Gilead informou que uma análise preliminar desses resultados será divulgada ainda este ano ou no início de 2025. Em comunicado divulgado na última terça-feira (23), a empresa reafirmou seu compromisso com a constante inovação científica para atender às crescentes necessidades das pessoas afetadas pelo HIV em todo o mundo. 

No Brasil, entre 2007 e junho de 2023, foram notificados 489.594 casos de infecção pelo HIV. A maior incidência é entre homens e na faixa etária entre 25 e 39 anos. 

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