Um homem dos Estados Unidos quase morreu após uma reação alérgica a carne
vermelha e suína- que não existia antes dele ser picado por carrapato-estrela.
Brian McCornack
, professor de entomologia,
foi a uma feira de insetos e, na volta, comeu um sanduíche com carne bovina e suína. Ambos eram alimentos típicos da dieta dele.
Duas horas depois, percebeu que seu pulso inchou e estava coçando. Ao chegar em casa pouco depois, notou marcas e urticárias pela pele, e a coceira se tornou insuportável.
Além desses sintomas, Brian
começou a apresentar tontura, tremedeira, dores e dificuldade em respirar. Ele resolveu deitar e tomar anti-histamínico.
“Meu filho achou que eu estava tendo um ataque cardíaco, mas eu sabia que aquilo não era normal. Nunca tinha passado por aquilo e fui para o pronto-socorro” contou ao Fox Weather
.
Médico percebe alergia grave
Assim que chegou ao hospital, os médicos disseram que McCornack
entrava em choque anafilático, reação mais grave possível a alergia.
Os médicos não puderam concluir qual era o potencial alergeno. Fizeram diversos testes e tentaram diversos medicamentos, e o mandaram para casa com injeção de adrenalina para caso voltassem a acontecer reações.
Homem percebe sozinho a própria alergia
Sem resultados de testes, Brian
seguiu a vida - e, por acaso, acabou entendendo a própria alergia na semana seguinte.
Enquanto assistia uma apresentação sobre o departamento que trabalhava, o professor de entomologia ouviu sobre a Síndrome de Alfa-gal
, “e disse para mim mesmo, isso é o que tenho.”
Atualmente, nos Estados Unidos, sabe-se que o carrapato-estrela
é um dos principais vetores da doença. Porém, sabe-se que diversos tipos do inseto podem transmitir.
A síndrome de Alfa-gal
, então, vem da picada do carrapato e posterior consumo de carnes de mamífero - podendo levar anos entre incidentes.
O que é Síndrome de Alfa-gal?
A Síndrome de Alfa-gal
é resultado de uma picada de carrapato que libera um tipo de molécula no sangue, chamada alfa-gal,
que acaba por causar alergia a carnes e produtos derivados de mamíferos.
Funciona assim:
O carrapato pica um mamífero, normalmente vacas, ovelhas e cavalos, e contrai uma molécula de açúcar chamada alfa-gal;
O mesmo carrapato, ao picar um humano, transfere essa molécula para corrente sanguínea;
O corpo humano começa uma resposta do sistema imune frente à molécula; esta fase pode levar anos até acontecer;
O consumo da carne entra em choque com o sistema imune e causa reação alérgica.
Pelo intervalo de tempo entre a picada e a reação alérgica variar e poder ser brando, é comum que as pessoas não saibam que têm a síndrome de alfa-gal, e passem até anos sem notar. Também não ajuda que a reação ocorre a partir de duas horas após consumo da carne.
A alergia pode diminuir aos poucos. Se a pessoa sente sintomas leves, é mais seguro seguir o consumo e dessensibilizar o sistema imune às carnes. Se a pessoa não levar mais picadas de carrapatos contaminados pode, inclusive, deixar de ter a síndrome.
Carrapatos são aracnídeos parasitas que se alimentam do sangue de animais vertebrados, incluindo mamíferos como os seres humanos, aves, répteis e anfíbios. Reprodução: Flipar
Em ambientes rurais, os carrapatos são um grande problema para os animais como bois, cavalos e porcos. Eles causam desconforto e estresse nos rebanhos, e também podem transmitir doenças como a babesiose e a anaplasmose, que afetam a saúde e a produção dos bichos. Reprodução: Flipar
Em todo o mundo, há mais de 900 tipos diferentes de carrapatos. No Brasil, existem cerca de 230. Veja agora as principais espécies e como se prevenir com segurança! Reprodução: Flipar
Carrapato-estrela: Também conhecido como carrapato-de-cavalo, esse tipo de carrapato é encontrado comumente em áreas selvagens e em fazendas, e é visto frequentemente em capivaras, cavalos, cães e outros animais. Reprodução: Flipar
Se ele estiver infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii e picar uma pessoa, pode transmitir a febre maculosa, que pode causar sintomas graves e, em casos mais severos, até mesmo levar à morte. Reprodução: Flipar
Carrapato-de-boi: É uma das espécies mais comuns e prejudiciais no Brasil, especialmente para os fazendeiros. Reprodução: Flipar
Ele afeta principalmente o gado bovino, causando anemia enfraquecimento e até anemia nos animais. Reprodução: Flipar
Ele é encontrado principalmente em áreas de pastagem e campos abertos, onde vivem uma variedade de animais, incluindo cavalos, bois, capivaras e até mesmo seres humanos. Reprodução: Flipar
Carrapato-marrom: Também conhecido como carrapato-de-cachorro, é uma espécie comum de carrapato que parasita cães, mas também gatos e outros animais domésticos. Reprodução: Flipar
Esses carrapatos são conhecidos por transmitir doenças como a erliquiose e a babesiose canina, que podem ser graves e até mesmo fatais para os animais. Reprodução: Flipar
Carrapato-de-galinha: É um ácaro parasita comum em aves de criação, especialmente em galinhas e outras aves. Eles se alimentam do sangue das aves durante a noite, causando irritação na pele, perda de peso e diminuição da produção de ovos. Reprodução: Flipar
O ciclo de vida do carrapato-de-galinha é curto, geralmente de uma a três semanas, o que o torna capaz de se multiplicar rapidamente em condições favoráveis. Reprodução: Flipar
Evitar que os carrapatos se estabeleçam nos lugares é mais fácil do que controlá-los depois. Reprodução: Flipar
Limpar regularmente os pastos, remover plantas altas, folhas secas e sujeira, ajuda a reduzir o ambiente favorável para os carrapatos. Reprodução: Flipar
Animais como gado e cavalos devem ser mantidos longe de áreas com muita sombra, onde os carrapatos podem ficar escondidos. Reprodução: Flipar
Um programa de banhos regulares com produtos para carrapatos deve ser seguido para eliminar os insetos e evitar novas infestações. Reprodução: Flipar
Já para remover os carrapatos da pele, deve-se use luvas de látex ou borracha para proteger as mãos antes de retirá-los. Reprodução: Flipar
Depois, com uma pinça fina de ponta longa, segure o carrapato o mais próximo possível da pele do animal ou pessoa, agarrando-o pela cabeça. Reprodução: Flipar
Não torça ou vire o carrapato, pois isso pode fazer com que sua boca fique presa na pele. Com movimentos suaves e firmes, puxe-o para fora. Reprodução: Flipar
Depois de remover o carrapato, limpe a área da picada com água e sabão ou um antisséptico para evitar infecções. Reprodução: Flipar
Após remover o carrapato, coloque-o em um recipiente com álcool ou água sanitária para matá-lo. Nunca o esmague com os dedos, pois isso pode liberar germes. Reprodução: Flipar
Fique de olho na área da picada nos próximos dias. Caso note algum inchaço, vermelhidão intensa ou reação incomum, procure atendimento médico ou veterinário com urgência. Reprodução: Flipar