A prevenção passa pela criação de redes de apoio envolvendo família, amigos e profissionais da saúde, além de diagnósticos precoces
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A prevenção passa pela criação de redes de apoio envolvendo família, amigos e profissionais da saúde, além de diagnósticos precoces

O suicídio entre a população idosa tem se tornado uma questão urgente. Dados de 2023 do IBGE mostram que quase 15% dos brasileiros têm 60 anos ou mais, e, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), a taxa de suicídio em pessoas com 70 anos ou mais chegou a 11,8 por 100 mil habitantes em 2022, quase o dobro da média nacional.

A doutora em saúde mental Karen Scavacini, fundadora do Instituto Vita Alere, aponta que o cenário requer atenção especial. "Essa realidade alarmante pede uma reflexão sobre os fatores que podem desencadear esses números crescentes.".

Entre os principais estão o isolamento social, agravado pela pandemia de Covid-19, o luto, doenças crônicas, dores físicas e o medo da dependência. Segundo a especialista, a depressão, muitas vezes não diagnosticada, também é um dos grandes vilões.

A prevenção passa pela criação de redes de apoio envolvendo família, amigos e profissionais da saúde, além de diagnósticos precoces. 

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Scavacini aponta, ainda, para a necessidade de ampliar políticas públicas de saúde mental voltadas para idosos e garantir o acesso a terapias e atendimentos psiquiátricos: "Fortalecer a rede pública e capacitar os profissionais é fundamental. O apoio correto pode salvar vidas".

Com a campanha do Setembro Amarelo, a fundadora do Instituto Vita Alere reforça que todos têm um papel a desempenhar na prevenção. "A solidão abre caminho para a depressão e o suicídio. Cada um de nós pode ser parte dessa mudança", conclui Scavacini.

Encontre ajude contra o suícidio: o  Centro de Valorização da Vida  (CVV) está disponível 24 horas por dia gratuitamente pelo telefone 188.

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