
Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriu uma molécula capaz de proteger o cérebro contra o Alzheimer , doença neurodegenerativa que afeta aproximadamente 2,4 milhões de brasileiros , segundo o Relatório Nacional de Demências.
Chamada de LASSBio-1911, a molécula já havia sido sintetizada há quase oito anos, mas apenas estudos recentes mostraram como ela poderia combater a perda de funções cognitivas no cérebro.
Estudos internacionais já haviam apontado para o potencial de moléculas semelhantes à LASSBio-1911 de melhorar sintomas de doenças neurodegenerativas.
A partir desta descoberta e de novos testes em camundongos, os cientistas brasileiros observaram que a molécula atua na proteção de um tipo de célula cerebral que dá suporte e nutrição aos neurônios, chamada astrócito.
Naturalmente, devido ao envelhecimento, os astrócitos perdem suas funcionalidades em um processo gradual e lento. Porém, em casos de Alzheimer, eles se degeneram de uma maneira mais bruta e rápida, o que agrava os sintomas da doença.
Nesse contexto, a LASSBio-1911 aparentemente impede que a doença neurodegenerativa estrague muitos astrócitos, além de conseguir reverter alguns dos danos ocasionados. Dessa forma, no estudo, eles observaram a melhora do desempenho dos animais em testes comportamentais.
“A pesquisa básica é essencial para a geração de conhecimento científico que sirva de base para aplicações clínicas. Então, é um trabalho experimental que está gerando conhecimento que vai ser importante no futuro para a criação de novos testes clínicos e estratégias terapêuticas para doenças neurodegenerativas", disse Flavia Gomes, neurocientista e coordenadora do estudo, à Agência Brasil.
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