A enxaqueca é uma condição neurológica debilitante, caracterizada por fortes dores de cabeça, acompanhadas de náuseas, sensibilidade à luz e ao som, que afeta cerca de 15% da população mundial, segundo a OMS ( Organização Mundial da Saúde ). No Brasil , estima-se que 30 milhões de pessoas sofram com esse problema.
Recentemente, a cirurgia para tratar a enxaqueca tem sido considerada uma alternativa para casos graves e resistentes aos tratamentos convencionais, mas a escolha por esse procedimento ainda desperta questionamentos.
A cirurgia de descompressão dos nervos periféricos, mais conhecida como cirurgia para enxaqueca, foi desenvolvida em 2000 pelo cirurgião plástico americano Bahman Guyuron.
O procedimento consiste em aliviar a pressão dos nervos da cabeça e pescoço, que podem ser os causadores da dor, e é recomendado apenas para pacientes que não respondem bem a tratamentos com medicamentos, como analgésicos, antidepressivos, anti-inflamatórios ou toxina botulínica (Botox), usado como opção preventiva.
Indicações
No Brasil, esse tipo de cirurgia é relativamente novo e realizado em poucos centros médicos especializados.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o procedimento é indicado em casos extremos e deve ser considerado após uma avaliação criteriosa por parte de neurologistas e cirurgiões plásticos.
Segundo dados da entidade, aproximadamente 80% dos pacientes submetidos à cirurgia para enxaqueca apresentaram uma melhora na frequência e intensidade das crises.
Entretanto, a cirurgia não é isenta de riscos. Os especialistas alertam para possíveis complicações, como infecção, lesão dos nervos e cicatrizes, além do fato de que nem todos os pacientes respondem positivamente ao tratamento.
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