Estudos indicam que tanto a privação de sono quanto o excesso podem prejudicar a saúde. Dormir pouco, em média menos de seis horas por noite, ou dormir muito, mais de nove horas, está associado a uma série de problemas físicos e mentais.
A ABS (Associação Brasileira do Sono) destaca que o padrão ideal de sono para adultos varia entre sete e oito horas diárias, sendo este o tempo necessário para o corpo realizar as funções de reparação e manutenção.
A privação de sono tem sido ligada a uma maior incidência de doenças cardiovasculares, como hipertensão e infarto .
Um estudo publicado pela revista norte-americana Neurology apontou que pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm um risco 32% maior de desenvolver doenças cardíacas. Além disso, a falta de sono pode prejudicar o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções.
Outra consequência de dormir pouco é o impacto na saúde mental . A privação de sono está associada ao aumento de casos de depressão e ansiedade.
Segundo um levantamento do Centro de Controle de Prevenção de Doenças dos EUA, a falta de sono adequado pode diminuir a capacidade de concentração, memória e aprendizado, além de aumentar o risco de transtornos mentais. A longo prazo, pode levar ao desenvolvimento de distúrbios do sono, como a insônia .
Por outro lado, o excesso de sono também traz riscos à saúde. De acordo com pesquisadores de Baltimore, nos Estados Unidos, dormir mais de nove horas por noite está associado a um aumento na mortalidade por doenças cardiovasculares e metabólicas, como diabetes tipo 2.
Dormir demais pode ser um sinal de desregulação do ritmo circadiano, o que afeta a qualidade do sono e pode levar a uma piora na saúde geral.
Média de sono dos brasileiros
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que cerca de 40% dos brasileiros dormem menos de sete horas por noite, o que aponta para um problema de saúde pública.
Para tentar minimizar os efeitos da privação de sono, a recomendação de especialistas é adotar hábitos saudáveis, como manter horários regulares para dormir e acordar, evitar o consumo de cafeína próximo à hora de dormir e criar um ambiente propício ao sono.
A ABS reforça que tanto a privação quanto o excesso de sono devem ser monitorados e, se necessário, tratados por profissionais de saúde, para evitar complicações que podem impactar a qualidade de vida.
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