Fachada do Hospital João XIII, em Belo Horizonte
Reprodução/Facebook
Fachada do Hospital João XIII, em Belo Horizonte

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou a infecção de quatro pessoas pelo 'superfungo' Candida auris , no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte . A unidade também investiga outros 24 casos.

De acordo com o governo estadual, dos quatro infectados, dois receberam alta em 20 de setembro e 2 de outubro, enquanto os outros dois continuam internados.

Já os 24 pacientes monitorados aguardam resultados de exames. Além disso, 11 pessoas tiveram o diagnóstico descartado pelo Laboratório Central da Fundação Ezequiel Dias.

Com alta transmissibilidade, o superfungo tem a capacidade de contaminar rapidamente a pele da pessoa contaminada, assim como o ambiente próximo a ela. Por isso, os pacientes estão em leitos isolados.

"Seguindo os protocolos de segurança sanitária em ambiente hospitalar, o Hospital João XXIII tomou todas as medidas de controle e manejo necessárias para proteção dos demais pacientes e profissionais da unidade, como higienização das mãos, medidas de precaução de contato (uso de luvas e avental) dos casos suspeitos e testes para detecção de novos casos", afirmou a SES-MG.

Ameaça à saúde pública

Em outubro de 2016, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicaram um alerta epidemiológico sobre casos de Candida auris em serviços de saúde da América Latina.

O primeiro caso confirmado do superfungo no Brasil foi registrado em dezembro de 2020, na Bahia. O surto totalizou 15 casos e resultou em duas mortes.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Candida auris representa uma séria ameaça à saúde pública devido aos seguintes fatores:

  • alta transmissibilidade e resistência aos medicamentos;
  • capacidade de produzir biofilmes tolerantes a antifúngicos;
  • capacidade de infectar a corrente sanguínea e ser altamente fatal, especialmente para pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades;
  • permanecer viável por longos períodos no ambiente;
  • alta resistência a diversos desinfetantes;
  • ser difícil de identificar e, por isso, ser propenso a causar surtos.

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