Uma nova linhagem da Covid-19 , chamada XEC , foi detectada no Brasil, conforme revelou o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/ Fiocruz ). A mutação , uma subvariante da Ômicron, foi inicialmente identificada em amostras de dois pacientes no Rio de Janeiro, diagnosticados com Covid-19 em setembro.
O que é a variante XEC da Covid-19?
A variante XEC surgiu da recombinação genética entre cepas da Ômicron. Esse fenômeno ocorre quando uma pessoa é infectada simultaneamente por duas linhagens diferentes do vírus, resultando na combinação dos genomas durante a replicação viral. O genoma da XEC contém segmentos das linhagens KS.1.1 e KP.3.3, além de mutações que podem facilitar sua disseminação, conforme a Fiocruz.
Classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma variante sob monitoramento em setembro, a XEC apresenta mutações suspeitas de impactar o comportamento do vírus, como maior disseminação. Contudo, ainda não foi classificada como uma variante preocupante.
“Um motivo para a preocupação é que a XEC se moveu rapidamente, ultrapassando o crescimento de outras variantes do SARS-CoV-2 em algumas áreas da Europa”, explica Scott Roberts, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Yale, ao jornal O GLOBO.
Desde seu surgimento na Alemanha, a variante se espalhou rapidamente pelo mundo, com detecções em 35 países e mais de 2,4 mil sequências genéticas depositadas na plataforma Gisaid até 10 de outubro.
Sintomas da variante XEC da Covid-19
Os sintomas da variante XEC são semelhantes aos das cepas anteriores, incluindo:
- Febre
- Dores pelo corpo
- Cansaço
- Tosse
- Dor de garganta
Atualmente, os dados da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e do Infogripe, da Fiocruz, não indicam um aumento significativo nos casos de Covid-19 na cidade.
As vacinas atuais protegem contra a nova cepa?
Embora não seja possível garantir uma proteção de 100% contra todas as variantes, Paola Resende acredita que as vacinas atualizadas para a Ômicron continuarão a oferecer proteção, especialmente contra casos graves da doença.
Scott Roberts complementa que, embora a nova variante possa reduzir a imunidade conferida pelas vacinas, ainda haverá algum grau de proteção contra infecções recentes. Assim, ele enfatiza a importância de se vacinar com as versões atualizadas disponíveis.
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