Uma bebê de dois anos precisou entrar em coma induzido por conta de uma intoxicação alimentar por E. coli adquirida na comida de um resort de Luxo. Chloe Crook viajou para o Egito com os pais em julho deste ano e ficou hospedada no Jaz Aquaviva em Hurghada.
Sinais de doença
Chole chegou bem ao resort. Porém, poucos dias depois, começou a apresentar diversos sintomas de intoxicação familiar, como vômitos, fadiga, cólicas e, inclusive, fezes líquidas com sangue. Os pais, preocupados, levaram-na ao hospital.
Chegando no hospital, a menina começou a piorar: parou de falar, ficou cega, e hematomas começaram a aparecer na cabeça.
A mãe disse: “Quando estávamos no Egito, ela estava com muita dor e só recebeu paracetamol. O padrão de tratamento não chegou nem perto do que esperávamos, e continuamos ouvindo que Chloe tinha gastroenterite. Tivemos que insistir para que mais exames fossem feitos, pois sabíamos que havia algo muito errado com nossa filha. Foi muito angustiante para Alex e eu vê-la daquele jeito e saber que não podíamos fazer nada; nos sentíamos completamente desamparados."
Sequelas para vida
Por conta da doença e da infecção, Chloe desenvolveu Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU), doença rara visível em crianças que causa danos sérios aos rins. Ela é associada a episódios de diarreia e à bactéria E. coli.
A família voltou para casa, no Reino Unido, e Chloe seguiu precisando de cuidados. Ela voltou para o hospital e para um coma de quatro dia, no qual ela recebeu diálise de emergência; depois, ainda desenvolveu pneumonia e coágulos de sangue. A mãe da menina diz que a filha virou outra criança após a experiência:
"Ela costumava ser muito sociável e adorava ir à creche, mas agora evita interagir com pessoas fora de seu círculo de convivência. Ela também começou a ter pesadelos sobre estar no hospital; acordando gritando e berrando 'não' repetidamente e é horrível ver o quão afetada ela está."
A família contratou advogados para investigar o caso e tentar encontrar os motivos da doença. Jennifer Hodgson, advogada da família, disse: "As férias da família se transformaram em nada menos que um pesadelo depois que Chloe adoeceu. Eles compreensivelmente têm muitas perguntas e preocupações sobre como ela desenvolveu E. coli e as complicações subsequentes."
A menina, mesmo meses depois da infecção, segue com medicamentos contra convulsão, anticoagulantes e necessidade de exames renais anuais.
E. coli e infecção alimentar
Chole ficou doente por causa da bactéria E. coli . Ela é natural do nosso intestino, mas determinadas cepas podem causar infecções com potencial de serem seríssimas para quem a sofre, levando até a morte.
“E. coli é extremamente séria e pode resultar em problemas de saúde de longo prazo, o que é potencialmente o caso de Chloe. Se, durante o curso de nossas investigações, quaisquer problemas forem identificados, medidas precisam ser tomadas para reduzir o risco de outros turistas adoecerem no futuro", disse a advogada.
A mãe da bebê disse: "Descobrir que era E. coli e SHU foi um choque enorme para nós. Lemos relatos sobre casos trágicos disso, onde crianças tiveram danos cerebrais ou perderam a vida devido a essa doença horrível e ficamos aterrorizados."