Ludmilla e Brunna serão mamães
Reprodução/Instagram
Ludmilla e Brunna serão mamães

A cantora Ludmilla e a esposa, a bailarina Brunna Gonçalves, anunciaram neste sábado (9) que esperam seu primeiro filho . O método de fertilização usado pelo casal foi o Ropa (Recepção de Oócito da Parceira), conforme revelado por elas em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

O Ropa é um método de reprodução assistida, em que o óvulo de uma mulher é fecundado pelo sêmen do doador e transferido para o útero de outra. No caso, o óvulo de Ludmilla foi fecundado e Brunna gestará o bebê.

A técnica Ropa foi utilizada pela primeira vez em 2007, na Espanha. Mesmo 17 anos depois, é considerada um marco na ciência reprodutiva, uma vez que permite às duas mães que participem biologicamente da concepção da criança.

Segundo uma pesquisa publicada em 2022 no Journal of Assisted Reproduction and Genetics, mesmo não fornecendo o óvulo, a gestante pode influenciar as características e o desenvolvimento do bebê - especialmente na herança epigenética, que dita como os genes vão se expressar. Entretanto, o impacto deste fenômeno ainda não é completamente desvendado pela comunidade científica, que tem investigado a intensidade e a proporção em que ele ocorre.

Para os óvulos de mulheres jovens, como Ludmilla, as taxas de sucesso chegam a 60% - que diminuem por volta dos 37 anos, quando os óvulos já estão mais velhos. A idade da gestante não importa tanto, sendo necessário apenas o cuidado com problemas de saúde que podem aparecer ao longo dos anos.

Como funciona a gestação compartilhada?

Primeiro, o sêmen do doador é escolhido em bancos nacionais ou internacionais. Em alguns casos, é possível acessar mais dados dessa pessoa, como fotos da infância, informações de personalidade e até mesmo ouvir a voz.

O processo só é liberado após a chegada do sêmen, cujas amostras ficam congeladas até serem usadas. Em bancos internacionais, as amostras demoram mais ou menos 50 dias.

Após a chegada da amostra, a mãe que doará o óvulo começa a receber injeções com hormônios que promovem o crescimento dos folículos, estruturas que abrigam os óvulos e são responsáveis pelo amadurecimento deles até serem liberados. Nesse período, as mulheres podem perceber mudanças no humor e no comportamento, como uma TPM.

Por meio de ultrassons, a equipe médica determina o momento ideal da coleta do óvulo no útero da doadora. Em seguida, por meio de ultrassom transvaginal e anestesia, o óvulo é coletado, como se fosse "aspirado".

O próximo passo é a fecundação do óvulo com o espermatozoide, já descongelado e processado em laboratório.

Após a fecundação, os embriões são levados ao útero da outra mãe. Se "colarem", a operação teve sucesso. Os embriões não usados podem ser usados futuramente.

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