Seringa
Reprodução/ BBC News Brasil
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) revogou, nesta sexta-feira (11), a suspensão da produção de implantes hormonais no Brasil . A decisão, publicada em resolução oficial, permite a manipulação e comercialização dos dispositivos para fins terapêuticos.

A Anvisa manteve a proibição de seu uso estético ou para melhora de performance, como os chamados "chips da beleza" e anabolizantes.  

Em outubro, a instituição havia proibido a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso dessas substácias em todo país. Na época, a suspensão foi motivada por relatos de mortes e complicações associados ao uso dos dispositivos, segundo entidades médicas.  

Agora, além de proibir os anabólicos para fins estéticos, a agência também restringe a propaganda de novos produtos, especialmente em redes sociais, e a realização de cursos voltados para o tema. A decisão está alinhada ao entendimento do CFM (Conselho Federal de Medicina), emitido em abril deste ano.  

Farmácias de manipulação


A SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia) considera a resolução da Anvisa um avanço rumo à regulamentação mais adequada dos implantes hormonais. Segundo a entidade, a mudança permitirá maior fiscalização sobre as farmácias de manipulação e responsabilização em casos de produção inadequada.

 No entanto, a SBEM alerta que a medida ainda não é suficiente para garantir a segurança dos dispositivos.  

"Reiteramos que o uso de implantes hormonais para fins estéticos, ganho de massa muscular ou desempenho esportivo não tem respaldo científico nem aprovação regulamentar e que continuaremos acompanhando o endurecimento regulatório para o tema, a fim de garantir a segurança dos pacientes", diz a entidade em nota.

A falta de fiscalização rigorosa é apontada como um risco à saúde, já que, sem controle adequado, há incertezas sobre a qualidade e composição dos implantes vendidos por farmácias de manipulação.  

Ainda nesta sexta-feira (11), representantes de grupos contrários e favoráveis ao uso de implantes hormonais devem se reunir no Senado para discutir a regulamentação. Há preocupação entre os parlamentares de que a proibição inicial tenha prejudicado tratamentos em andamento e desconsiderado o uso dos dispositivos para fins terapêuticos. 


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