A doença pode ocorrer em qualquer parte do sistema linfático
Reprodução
A doença pode ocorrer em qualquer parte do sistema linfático


O linfoma não Hodgkin (LNH) é um tipo de câncer que se origina nos linfócitos, que são células do sistema linfático responsáveis pela defesa do organismo contra infecções. O sistema linfático inclui linfonodos (gânglios linfáticos), baço, timo, amígdalas e a medula óssea. O INCA (Instituto Nacional de Câncer) informou que 12 mil novos casos devem surgir em 2025.

A doença surge quando os linfócitos, que são um tipo de glóbulo branco, passam a se dividir de forma descontrolada ou a viver por mais tempo do que deveriam. Existem vários subtipos de LNH, que podem ser classificados como indolentes (crescimento lento) ou agressivos (crescimento rápido).

"A detecção precoce é essencial para o tratamento do Linfoma não Hodgkin porque é preciso ter a classificação correta da doença para realizar o tratamento de forma mais direcionada. A condição normalmente é classificada entre o linfoma que afeta as células B ou as células T, que são linfócitos produzidos em partes diferentes do corpo", explicou Roberto Luiz da Silva, hematologista no IBCC Oncologia, hospital especializado no tratamento de câncer em São Paulo.

A doença pode ocorrer em qualquer parte do sistema linfático, mas também pode atingir outros órgãos. Os sintomas comuns são os aumentos de linfonodos (nódulos ou caroços) no pescoço, axilas ou virilha, febre persistente, suor noturno, perda de peso não intencional, fadiga e coceira na pele.

Os fatores de risco são idade avançada, exposição a produtos químicos, históricos de infecções virais, como HIV ou Epstein-Barr e o sistema imunológico enfraquecido.

O LNH é geralmente diagnosticado por meio de biópsias de linfonodos, exames de imagem (como tomografia computadorizada ou ressonância magnética) e análises laboratoriais, incluindo hemogramas e testes imunológicos.

Os tratamentos variam dependendo do subtipo e estágio da doença, podendo incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de células-tronco.

Tipos e classificação do Linfoma não Hodgkin

Linfoma de Células B

Os linfomas de células B representam a maioria dos casos de linfoma não Hodgkin. Essas células têm origem na medula óssea e desempenham um papel essencial na imunidade ao produzir anticorpos que combatem patógenos, como bactérias e vírus.

Alterações nessas células podem levar ao desenvolvimento de subtipos variados de linfoma, com características e prognósticos específicos.

"Os linfomas que surgem nas células B representam a maioria dos casos da condição e incluem os linfomas difusos de grandes células B e o linfoma folicular", comenta o especialista.


Linfoma de Células T

Embora menos comuns, os linfomas de células T também são uma forma da doença. Essas células são responsáveis por destruir células infectadas por vírus, auxiliar outras células imunológicas e regular a resposta imunológica.

Elas se originam no timo, um órgão localizado no mediastino, e podem se manifestar de formas distintas. Os principais subtipos são:

  • Linfoma de células T periféricas – afeta principalmente linfonodos e outros tecidos linfáticos.
  • Linfoma de células T cutâneas – compromete predominantemente a pele.

"Essas células trabalham juntas para proteger o corpo de infecções e doenças e nos linfomas, como o linfoma não Hodgkin, esses linfócitos se tornam cancerosos, impactando a capacidade do sistema imunológico de funcionar adequadamente. O transplante de medula óssea pode ser uma alternativa para o tratamento", finaliza o médico do IBCC Oncologia.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!