Homem perde movimento de braços após sangramento em medula
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Homem perde movimento de braços após sangramento em medula


Pedro Marques , 24 anos, levava uma vida ativa e saudável até 14 de abril, quando uma dor na nuca marcou o início de uma jornada inesperada e dolorosa. O que parecia ser algo rotineiro revelou-se um caso raro de hemorragia na medula espinhal.

"Tudo começou com uma dor insuportável no ombro e depois na nuca. Nunca imaginei que isso resultaria em paralisia", relembra Pedro ao UOL.

Primeiros sinais: dor e paralisia

Inicialmente, Pedro procurou atendimento médico apenas após uma semana de dor intensa. Ele chegou ao hospital andando, mas, como ele descreve, "tentei levantar para chamar a enfermeira e caí na poltrona. Não senti mais meu corpo." Em poucas horas, a dor deu lugar à paralisia completa do pescoço para baixo.

Os médicos realizaram uma bateria de exames, incluindo arteriografia e ressonância magnética, que diagnosticaram um sangramento espontâneo na altura da vértebra C4. "Não há causa definida. Meu neurologista explicou que novos exames poderiam trazer respostas, mas também o risco de outro sangramento", explica Pedro.


Reabilitação e avanço

Após 105 dias internado, incluindo nove em coma, Pedro iniciou um longo processo de reabilitação. "Os médicos disseram que, se a lesão fosse um centímetro mais alta, eu teria morrido. E se fosse mais baixa, poderia não ter perdido os movimentos dos braços", conta ele.

Com sessões intensas de fisioterapia, Pedro evoluiu rapidamente. Em menos de três meses, ele retirou a traqueostomia, voltou a respirar sozinho e começou a se alimentar sem ajuda de sondas. "Planejávamos essa evolução em seis meses, mas aconteceu na metade do tempo. Tirar a traqueostomia foi crucial, pois ela aumenta o risco de infecção pulmonar", explica.

Caso raro

O médico André Sugawara , fisiatra da Rede Lucy Montoro, explica que hemorragias na medula espinhal podem ter diversas causas, como traumas, infecções ou fatores genéticos. "Podem surgir sem aviso, como no caso de Pedro, e frequentemente o diagnóstico da paralisia é rápido, mas a causa pode permanecer indefinida", afirma Sugawara.

Pedro mantém esperança na recuperação total devido à natureza incompleta de sua lesão. "Ainda tenho sensibilidade no corpo e nos membros, sinto toques e dor, o que aumenta a chance de recuperar movimentos com o tratamento certo."

Foco no futuro

Apesar das limitações, Pedro já traça planos para o futuro. Ele busca tratamentos em centros de referência como o Instituto Lucy Montoro em São Paulo. "Agora é uma questão de acertar com médicos e o plano de saúde para começar essa etapa."

Antes da paralisia, Pedro sonhava em abrir uma empresa no ramo da moda ao lado de sua namorada. Hoje, seu foco está em superar os desafios e alcançar o máximo de recuperação funcional.

Importância da reabilitação

Casos raros como o de Pedro destacam a importância da reabilitação precoce e intensiva. Como enfatiza Sugawara, "independentemente da causa, é essencial investigar e reabilitar para recuperar movimentos e funcionalidade."

Pedro Marques , que agora inspira outros com sua história de superação, afirma: "A jornada é longa, mas cada pequeno progresso traz esperança de um futuro melhor."

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