O Ministério da Saúde anunciou como será a estratégia de vacinação contra a Covid-19 a partir de 2025, introduzindo novidades no Programa Nacional de Imunizações (PNI) . Uma das principais mudanças é a inclusão da Covovax , vacina desenvolvida pela farmacêutica Novavax, que agora passa a integrar o calendário nacional. As novas diretrizes foram comunicadas a todas as secretarias estaduais de saúde.
Gestantes e idosos terão prioridade na vacinação, com aplicação de doses em intervalos específicos. De acordo com o ministério, as grávidas receberão uma dose da vacina em cada gestação, enquanto pessoas com 60 anos ou mais serão vacinadas a cada seis meses. Essa alteração transforma a imunização desses grupos em rotina, independentemente de mudanças futuras no grupo prioritário. "Isso significa que, mesmo com uma eventual revisão nas prioridades, gestantes, idosos e crianças continuarão tendo acesso garantido à vacina contra a Covid-19", explicou a pasta em comunicado oficial.
Além disso, os imunocomprometidos também seguirão um esquema semestral, enquanto outros grupos prioritários, como profissionais da saúde, quilombolas e pessoas em situação de rua, receberão uma dose anual. Crianças de seis meses a menores de cinco anos poderão tomar até três doses, dependendo do esquema vacinal já iniciado, enquanto aquelas a partir de cinco anos que não pertencem a grupos de risco receberão uma dose recomendada para sua faixa etária.
No Brasil, três vacinas estão autorizadas para uso no enfrentamento à pandemia: Pfizer (adulto e pediátrica), Moderna e Covovax. A última, aprovada pela Anvisa em janeiro, é indicada para maiores de 12 anos e possui uma abordagem diferente das vacinas de mRNA, como as duas primeiras. Enquanto estas estimulam o corpo a produzir partes do vírus para ativar o sistema imunológico, a Covovax utiliza uma tecnologia recombinante com adjuvantes proteicos, promovendo a produção de anticorpos e a ativação das células T.
A Covovax, trazida ao país pela Zalika Farmacêutica, representante do Instituto Serum no Brasil, é considerada uma alternativa eficaz para adultos e adolescentes. Segundo o Ministério da Saúde, essa ampliação do arsenal de imunizantes busca reforçar a proteção da população e garantir uma resposta imunológica robusta contra a Covid-19.