Um médico obstetra de um hospital público em Trajano de Moraes , no interior do Rio de Janeiro , registrou a retirada de um tumor de quase 2 kg de uma paciente de 47 anos, que estava localizado na mama. O caso aconteceu na última semana.
Segundo o médico, foi o maior tumor já retirado por ele. "Essa semana quebrei um recorde que não gostaria. Operei o maior fibroadenoma (tumor benigno de mama) que já vi", divulgou o obstetra responsável pela operação, Marino Oliveira, em seu perfil de Instagram. O procedimento durou mais de 80 minutos e a massa de tecido retirada media cerca de 30 cm e pesava 1,75 kg, de acordo com ele.
Em entrevista ao UOL, Marino afirmou que, pelo acompanhamento prévio da paciente, a equipe médica já esperava pela operação de uma glândula grande, mas ressaltou que "não é comum a realização de cirurgias de mama no hospital Francisco Limongi e menos ainda de um tumor desse tamanho".
Caso incomum
O tumor cresceu rapidamente em um ano, relata o médico. "Vale lembrar que os fibroadenomas geralmente são pequenos e têm crescimento muito lento, o que não foi o caso dessa paciente, que viu seu nódulo atingir esse tamanho em um ano", explica.
O médico explica que as fibroadenomas são tumores benignos formados a partir de tecido conjuntivo da mama, com baixo risco de malignidade... As chances de um tumor do tipo se tornar maligno variam entre 0,1 % e 0,3%, segundo ele, "porém, com maior risco em nódulos grandes e com componentes complexos", completa.
Na paciente de 47 anos, que não teve a identidade divulgada, a cirurgia chamada de tumorectomia ocorreu na última quarta-feira (11). O médico afirma que ela está se recuperando bem.
Ainda de acordo com o obstetra, a paciente vinha "sentindo dor e muito peso, com desconforto na mama direita, que era toda tomada pelo tumor". Ele ressalta que, na operação, "foi possível preservar a pele e complexo areolar para que seja possível uma melhor cirurgia de reconstrução da mama".
O mesmo médico havia realizado a retirada de um "cisto gigante", de 8 kg, do ovário de uma paciente idosa. "Porém, na mama, esse é o maior que já vi", conclui Marino Oliveira.