A febre amarela, uma doença viral transmitida por mosquitos em áreas silvestres, tem entre seus principais sinais o surgimento de uma coloração amarelada na pele e nos olhos. Esse sintoma, conhecido como icterícia, ocorre principalmente nos casos graves da infecção, quando o fígado é atingido.
O fígado é responsável por processar e eliminar uma substância chamada bilirrubina, derivada da decomposição de glóbulos vermelhos. Quando a função hepática está comprometida pela ação do vírus da febre amarela, a bilirrubina se acumula no organismo, causando o aspecto amarelado que dá nome à doença.
Os olhos, mais especificamente a parte branca chamada esclera, são os primeiros a apresentar a tonalidade amarela. Com a progressão do quadro, a coloração também pode ser observada na pele. Essa mudança pode variar de intensidade, dependendo do estágio e da gravidade da doença.
Embora a icterícia seja um sintoma marcante, ela não está presente em todos os casos. Nos estágios iniciais ou mais leves, a febre amarela pode se manifestar com febre alta, dores no corpo e fadiga. Já nos casos severos, além da coloração amarela, pode haver sangramentos, danos renais e outros sinais de insuficiência hepática.
A identificação precoce da doença é crucial. Apesar de a icterícia ser um indicador visual importante, a confirmação do diagnóstico exige exames médicos, especialmente em regiões onde a febre amarela é endêmica.
A melhor forma de prevenção segue sendo a vacinação, oferecida gratuitamente em postos de saúde de todo o Brasil. Além disso, medidas como o uso de repelentes e a proteção contra picadas de mosquitos ajudam a evitar a exposição ao vírus.