
Cada vez mais realistas, as próteses feitas em impressoras 3D devolvem o rosto a pessoas que precisaram ser mutiladas para retirada de tumores malignos. A tecnologia tem ajudado centenas de pacientes que sofreram alterações na face a fortalecerem a autoestima.
O músico e criador de conteúdo digital Edson Gomide viveu um drama quando perdeu o nariz em decorrência de um tumor raro. Por quase um ano, o músico ficou recluso em casa com vergonha da mutilação. Ele evitava sair e receber visitas.
A história mudou quando Edson ganhou uma prótese de nariz tão perfeita que mesmo olhando de perto não se percebe que não é natural.

O médico que tratou o caso de Edson, Luciano Laura Dib, disse ao iG que já ajudou cerca de 400 pacientes desde 2015, quando iniciou a reconstituição por meio da tecnologia de impressora 3D.
"São vários casos de pacientes que tiveram de volta alegria de viver. Pessoas que sofreram deformidades nos olhos, nariz, orelhas, maxilar. Tivemos casos de pacientes que se acidentaram com armas de fogo, outros foram vitimas de acidentes de trânsito, mas a maioria dos beneficiados pela tecnologia tiveram algum tipo de tumor e passaram por cirurgias que defomaram seus rostos", disse Luciano.
Rosto recuperado
O rosto de Denise Vicentin foi afetado por uma cirurgia para a retirada de um carcinoma epidermoide - um câncer maligno. Ela perdeu o olho esquerdo e uma parte do nariz. Com isso, começou a evitar o convívio social. Tudo melhorou quando Denise começou uma reabilitação bucomaxilofacial com a utilização da tecnologia 3D, no Instituto Mais Identidade, em São Paulo, que atende pacientes de forma gratuita.
"O trabalho é feito com o escaneamento do rosto do paciente e a produção da prótese em 3D. O paciente pode tirar a prótese para lavar em casa e colocar novamente", explicou Luciano, que é um dos fundadores do instituto.