
O Brasil enfrentará um recorde de calor no meio de fevereiro: podemos esperar temperaturas em torno de 40 °C em áreas do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Piauí. Cidades como São Paulo, Florianópolis, Curitiba, Brasília e Salvador podem ter temperaturas entre 3 e 5 °C acima da média da época.
O sol e o calor podem ser um grande inimigo da pele e da saúde das pessoas. Problemas como queimaduras podem resultar em diversas sequelas, como as constantes insolações e bolhas.
Dra. Lara Fileti Arruda, médica dermatologista do Hospital São Francisco de Mogi Guaçu, deu uma entrevista ao Portal iG para explicar sobre os perigos da insolação e como se proteger no calor extremo, confira:
O que é insolação e quais os perigos?
Segundo Arruda, a insolação “é um problema causado pela exposição excessiva ao sol ou ao calor , com aumento da temperatura corporal acima do normal, geralmente acima de 40°C.”
Uma pessoa com insolação e queimaduras tem, principalmente, dificuldade em regular a hidratação e temperatura corporais. O aquecimento no corpo gera perde de eletrólitos, o que causa problemas.
Quando procurar ajuda médica?

Onda de calor pode causar problemas de pele, como insolação
A insolação pode causar diversos problemas na saúde. Como explicou a dermatologista, “pós exposição prolongada e excessiva ao calor, o paciente com insolação pode apresentar pele quente e avermelhada, cefaleia intensa, náuseas e vômitos e, em casos mais intensos, confusão mental, desmaio, aumento da frequência cardíaca e falta de ar.”
Caso a pessoa seja vítima da condição, é importante procurar ajuda médica, pois pode ser uma emergência e, além de danos na pele, pode causar problemas em órgãos internos.
É necessário ter um tratamento rápido e adequado. “O atendimento inclui uma hidratação endovenosa, correção de distúrbios hidroeletroliticos e controle dos sintomas,” explica a médica.
Como se proteger da insolação?
Cuidados com sol são essenciais, principalmente se haverá longa exposição, como eventos ao ar livre, como festas de Carnaval, e visitas à praia e piscina. É importante, informa Arruda:
- Usar protetor solar;
- Preferir roupas leves;
- Hidratar-se constante;
- Evitar a exposição direta ao sol em horários de pico (10h a 16h).
Fatores de risco
O Ministério da Saúde ainda informa sobre atenuantes e fatores de risco para a insolação e queimaduras, e cita:
“Crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas, como câncer, diabetes, hipertensão, e pessoas com imunidade baixa, como transplantados e portadores de HIV/Aids, devem ter cuidado especial com a insolação, uma vez que esta condição pode provocar efeitos colaterais graves com maior probabilidade nesse público.”
Além de comorbidades, é necessário prestar atenção para hábitos e consumos que tornam alguém mais suscetível à condição, como:
- Não beber líquidos adequadamente.
- Ingerir muito álcool ou cafeína.
- Pessoas que têm gastroenterites.
- Pessoas que fazem uso de medicamentos para pressão alta, diuréticos, antidepressivos ou antipsicóticos.