
Nesta quarta-feira (30), Minas Gerais anunciou a ampliação do "teste do pezinho " para 60 doenças, tornando-se o primeiro estado do Brasil a oferecer o exame em sua versão expandida.
A implementação foi oficializada em evento no campus Saúde da UFMG, em Belo Horizonte, com a presença da reitora Sandra Regina Goulart Almeida e representantes do governo estadual.
O projeto é coordenado pelo Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), da Faculdade de Medicina da UFMG, referência nacional em triagem neonatal.
Doenças raras identificadas precocemente
O teste, que analisa gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê em Unidades Básicas de Saúde(UBS), agora detecta condições metabólicas, genéticas e infecciosas que, antes, só eram rastreadas parcialmente ( até 23 doenças no país).
A expansão começou a ser planejada em dezembro de 2024 e concluída neste ano. "Essas são doenças de diagnóstico complexo, que exigem técnicas de genética. Mesmo assim, cumprimos o cronograma rigorosamente", explicou José Nelio Januário, diretor do Nupad.

Tratamento garantido pelo SUS
Segundo Januário, todos os insumos usados no exame são importados, e uma rede assistencial foi estruturada para garantir tratamento imediato via SUS caso alguma doença seja confirmada.
"Hoje, toda criança diagnosticada já tem acesso ao cuidado necessário", afirmou.
Atualmente, o teste está disponível gratuitamente em todos os 853 municípios mineiros.
Como funciona o exame
Após a coleta nas UBS, as amostras são enviadas ao Nupad para análise. Os resultados ficam disponíveis online, e, se houver alteração, a família é contactada para exames complementares.
Confirmado o diagnóstico, a criança inicia tratamento especializado.
A reitora da UFMG destacou a parceria de 30 anos entre a universidade e o estado: "Esse convênio é um marco para o Brasil. Esperamos que o país siga o exemplo de Minas". Mais detalhes estão disponíveis no site da Faculdade de Medicina da UFMG.