
O envelhecimento traz diversas transformações no corpo, e a saúde bucal é uma das áreas mais afetadas. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, perder os dentes não é algo inevitável. Com os avanços da odontologia, é possível manter uma boca saudável e funcional em todas as fases da vida, inclusive na terceira idade.
Com o passar dos anos, é comum ocorrer redução na produção de saliva, o que pode causar boca seca, aumentar o risco de cáries e infecções e dificultar a mastigação. Além disso, o uso contínuo de medicamentos, doenças crônicas como diabetes e hipertensão e até a dificuldade de higienização adequada contribuem para o agravamento dos problemas bucais.
Um ponto essencial é o controle da doença periodontal, que afeta a gengiva e o osso de sustentação dos dentes. Se não tratada, essa condição pode levar à perda dental e está relacionada a problemas sistêmicos, como doenças cardíacas e pulmonares. A prevenção, por meio de limpezas periódicas e acompanhamento odontológico, é fundamental.
Para quem já perdeu dentes, a boa notícia é que as soluções atuais vão muito além da tradicional dentadura. Os implantes dentários oferecem conforto, estabilidade e segurança, permitindo ao idoso se alimentar e falar com confiança. Próteses bem adaptadas melhoram a estética, a nutrição e até a autoestima.
É importante também avaliar o estado de próteses antigas. Muitas vezes, elas estão desgastadas ou mal adaptadas, causando feridas, dificuldade para mastigar e problemas digestivos. Com as novas tecnologias e materiais disponíveis, é possível oferecer mais conforto e funcionalidade.
Outro ponto pouco discutido é o impacto emocional da perda dentária. Dentes ausentes afetam diretamente o convívio social, o prazer ao comer e até o humor. Por isso, o cuidado com a boca deve ser contínuo e respeitar a individualidade de cada paciente idoso.
Nunca é tarde para cuidar do sorriso. O envelhecimento pode e deve ser vivido com saúde, autonomia e bem-estar. E a odontologia tem um papel fundamental nesse processo. Procurar um dentista de confiança, manter bons hábitos de higiene e realizar visitas regulares ao consultório são atitudes que fazem toda a diferença.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG