Uso contínuo pode causar efeito colateral
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Uso contínuo pode causar efeito colateral

Usado rotineiramente contra dores e inflamações, o ibuprofeno está entre os medicamentos mais consumidos no mundo. No entanto, o site britânico Daily Mail destacou novos alertas sobre um efeito colateral grave e pouco conhecido: a perda auditiva irreversível.

O risco foi identificado pela primeira vez em 2012, no Nurses' Health Study, um amplo projeto norte-americano que investiga fatores de estilo de vida na saúde das mulheres. O levantamento mostrou que quem tomava ibuprofeno mais de duas vezes por semana tinha 10% mais chances de desenvolver surdez neurossensorial.

No caso do ibuprofeno, acredita-se que o medicamento reduza o fluxo sanguíneo
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No caso do ibuprofeno, acredita-se que o medicamento reduza o fluxo sanguíneo


Como o remédio afeta a audição?

A surdez neurossensorial ocorre quando há danos nas células ciliadas da cóclea, estrutura do ouvido interno responsável por captar os sons. Esses danos geralmente são causados por traumas, infecções ou exposição prolongada a ruídos altos.

No caso do ibuprofeno, acredita-se que o medicamento reduza o fluxo sanguíneo para a cóclea, já que bloqueia as prostaglandinas — substâncias químicas essenciais para manter a irrigação adequada do ouvido interno. Uma vez danificadas, as células ciliadas não se regeneram.


Não é só o ibuprofeno

O ibuprofeno passou a ser classificado como um fármaco de efeito ototóxico, ou seja, que pode danificar a audição. Outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como indometacina, naproxeno, piroxicam e celecoxibe, também foram associados a perdas auditivas irreversíveis.

Curiosamente, a aspirina que também pertencente à mesma classe, não apresentou o mesmo efeito no estudo realizado com mulheres.

Orientação médica

Especialistas alertam que o consumo desses medicamentos deve ser feito por curtos períodos, de preferência em tratamentos de uma ou duas semanas, e nunca de forma contínua por meses. Em caso de dores crônicas, a recomendação é buscar alternativas seguras junto ao médico.

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