Dezembro vermelho: mês da conscientização sobre prevenção do HIV
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Dezembro vermelho: mês da conscientização sobre prevenção do HIV

O Dezembro Vermelho é uma campanha nacional dedicada à conscientização sobre o HIV, a Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis ( ISTs).

A iniciativa reforça a importância da prevenção, assistência, proteção e da promoção dos direitos das pessoas que convivem com o vírus, além de combater o estigma e o preconceito.

HIV é a sigla, em inglês, para o vírus da imunodeficiência humana. Ele é o agente causador da Aids e compromete o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. 

Segundo o Ministério da Saúde, o HIV atinge principalmente os linfócitos T CD4+. Ao invadir essas células, o vírus altera seu DNA para fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

É importante reforçar que ter HIV não significa ter Aids. Muitas pessoas que possuem o vírus do HIV vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.

Entretanto, ainda assim podem transmitir o vírus por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de forma vertical da mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção.

Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

A campanha também busca conscientizar a população sobre as ISTs, infecções causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmitidas principalmente por contato sexual sem preservativo com alguém infectado, podendo ser vaginal, anal ou oral. 

As ISTs podem causar feridas, corrimentos, verrugas anogenitais e outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. Apesar dessas manifestações serem mais frequentes na região genital, também podem surgir em outras partes do corpo, como palmas das mãos, olhos e língua.

Entre os principais tipos de ISTs, estão:

  • herpes genital
  • sífilis
  • gonorreia
  • tricomoníase
  • infecção pelo HIV
  • infecção pelo Papilomavírus Humano ( HPV)
  • hepatites virais B e C
  • infecção pelo vírus linfotrópico de células T humanas ( HTLV)


Formas de prevenção

O método de prevenção mais seguro e eficaz segue sendo o uso do preservativo, masculino ou feminino, em todas as relações sexuais.

Além de reduzir o risco de ISTs, HIV/Aids e hepatites virais B e C, a camisinha é o único método contraceptivo capaz de prevenir, ao mesmo tempo, infecções sexualmente transmissíveis e a gravidez. 

Sempre que possível, é recomendado realizar a chamada “dupla proteção”: o uso do preservativo e de outro método anticonceptivo de escolha da pessoa. No SUS, unidades de saúde disponibilizam gratuitamente preservativos masculinos e femininos.

Outras formas de prevenção que o SUS disponibiliza são a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP).

Além dessas estratégias de prevenção, o sistema público também tem ampliado o acesso ao diagnóstico precoce e desenvolvido ações específicas voltadas a populações-chave na resposta ao HIV, como pessoas trans, gays, profissionais do sexo, pessoas privadas de liberdade e usuários de álcool e outras substâncias.

O Ministério da Saúde também indica que a observação do próprio corpo durante a higiene pessoal pode auxiliar a identificar uma IST em estágio inicial. Diante de qualquer sinal ou sintoma, é essencial buscar atendimento nos serviços de saúde.

Importância do sexo seguro

O conceito de “sexo seguro” costuma ser associado apenas ao uso de preservativos. E por mais que essa seja uma estratégia fundamental a ser sempre estimulada, também possui limitações. Por isso, é importante adotar outras medidas de prevenção para garantir uma vida sexual realmente segura, como:

  • Uso de preservativos;
  • Vacinação contra hepatite A (HAV), hepatite B (HBV) e HPV;
  • Discutir com a parceria sobre testagem para HIV e outras ISTs;
  • Testagem regular para HIV e outras ISTs;
  • Tratamento adequado para pessoas vivendo com HIV;
  • Realização do exame preventivo do colo do útero (Colpocitologia Oncótica);
  • Fazer uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), quando indicada;
  • Fazer uso da Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicada;
  • Conhecer e ter acesso à  anticoncepção e concepção.

Diagnóstico

O diagnóstico do HIV é feito por meio da coleta de sangue venoso ou digital (ponta do dedo), para realização de testes rápidos ou laboratoriais que identificam anticorpos contra o vírus. 

Os testes rápidos fornecem resultados em cerca de 30 minutos. O SUS também distribui autotestes de HIV gratuitamente, para que as pessoas possam se testar quando e onde quiserem. 

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