Pacientes com osteoporose podem sim receber implantes dentários, como explica Dr Bruno Puglisi.
A taxa de sucesso é semelhante a de pacientes sem a doença. Entretanto, isso não exclui a necessidade de se seguir todas as etapas antes do procedimento.
O que é a osteoporose?
É mais comum em mulheres acima dos 45 anos (por questões hormonais), a osteoporose trata-se de uma doença caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos, deixando os mesmos mais frágeis e, portanto, aumentando o risco de ocorrerem fraturas em consequência a traumas. Por exemplo: sentar numa cadeira ou subir uma escada, traumas estes que acometem principalmente os ossos da bacia, do fêmur e do antebraço.
E, dependendo do grau da doença, essa redução pode afetar diversas partes do corpo, inclusive os ossos maxilares. A questão é que alguns remédios utilizados para combater a osteoporose podem causar problemas à saúde bucal, como problemas de cicatrização após a cirurgia de implante dental.
O procedimento adotado pelo cirurgião dentista é, acima de tudo, avaliar as condições do paciente, tempo de uso e tipo de bisfosfonato (o medicamento que é utilizado).
Dentro dessa avaliação, o cirurgião dentista poderá entrar em contato com o médico responsável pela indicação do tratamento da osteoporose, a fim de planejar a possível interrupção do mesmo por no mínimo 6 meses.
O importante é realizar acompanhamento constante, por meio de exames específicos, que deverão ser repetidos até que se encontre uma condição com menos risco cirúrgico.
É importante salientar que essa medicação (bifosfonato) se mantém no tecido ósseo por até 8 anos após a interrupção e, dependendo da quantidade e do tipo de medicamento tomado, os riscos para o surgimento de um problema poderão levar uma década ou mais para serem eliminados.
Sendo assim, em casos de extrações de urgência nos quais a interrupção prévia do medicamento não pode ser realizada, o risco do surgimento de necrose no osso do paciente pode aumentar seriamente.
O cirurgião dentista pode empregar medidas preventivas para diminuir esse risco. Em relação ao sucesso cirúrgico do implante, é importante que o paciente tenha controle da própria saúde como um todo, pois, fatores como diabetes sem controle, problemas gengivais presentes, deficiência de vitamina D e outros, também podem contribuir para a perda precoce dos implantes.
A higienização oral completa, realizada de forma criteriosa com escovação e fio dental, além de visitas periódicas ao dentista, diminui o risco de problemas orais de forma significativa , sendo a melhor maneira de reduzir a necessidade de tratamentos invasivos odontológicos.