Muitos de nós quando pensamos em dentista já ficamos em pânico. Isso vem de gerações, devido ao sofrimento que no passado todos passavam.
Os pacientes eram amarrados, os mais sortudos desmaiavam e o melhor cirurgião era aquele que trabalhava mais rápido.
Os pacientes só deixaram de ser amarrados e desmaiar graças a dois dentistas americanos: Horace Wells e William Thomas Green Morton. O primeiro ficou conhecido por utilizar o óxido nitroso como anestésico. O segundo entrou para a história da medicina por protagonizar a primeira demonstração pública do éter numa cirurgia.
Horace Wells, um dentista americano, em 1844 assistia a um circo onde o palhaço que utilizava o gás do riso (óxido nitroso) se feriu gravemente em sua apresentação, mas não sentiu nada. Diante do fato, Horace resolveu extrair um de seus dentes sob efeito do óxido nitroso e nada sentiu. Fez outra demonstração diante de uma plateia com uma criança, mas o resultado não foi positivo. Entrou numa depressão profunda tirando a própria vida.
O tempo se passou e somente em 1870 a Associação Odontológica e a Associação Médica Norte-Americana decidiram nomear Wells o descobridor da anestesia cirúrgica
Na história da anestesia local, o primeiro anestésico relatado foi a cocaína, em 1860, na Alemanha.
Em 1884 foi realizada a primeira anestesia local na cavidade oral onde a cocaína foi utilizada pelo dentista Halsted, que extrai um dente de um paciente sem relatos de dor.
Em 1897 foi adicionada a solução de epinefrina à cocaína. A epinefrina causava vasoconstrição, o que causa uma menor absorção do anestésico, diminuindo a toxicidade do mesmo. Esta vasoconstrição, por diminuir o suprimento sanguíneo da região, aumenta a duração do efeito anestésico.
Após isso, foi identificado a cocaína como um derivado do ácido benzóico. Em 1905, conseguiram através do ácido para-aminobenzóico sintetizar a procaína, um anestésico mais hidrossolúvel e menos tóxico que a benzocaína que também era compatível com o uso sistêmico. Mas também causam uma elevação da pressão arterial em pacientes com doenças cardiovasculares
E foi em 1943 que iniciou a era dos anestésicos locais do tipo amida, praticamente isentos de reações alérgicas, sintetizando a lidocaína.
E em 1953 a Prilocaína foi sintetizada.
Hoje em dia, com a evolução dos anestésicos, não faltam opções para o dentista utilizar em cada caso, proporcionando maior conforto e menos dor a todos nós.