O levantamento do seio maxilar é uma técnica cirúrgica que visa aumentar a altura óssea na região posterior da maxila, onde normalmente ocorre uma redução significativa do osso disponível após a perda de dentes.
Essa perda óssea dificulta a instalação de implantes dentários, uma vez que é necessário uma quantidade mínima de osso para garantir a estabilidade e sucesso do implante.
O procedimento é indicado principalmente em pacientes que perderam dentes na região posterior da maxila e, devido à proximidade com o seio maxilar, não possuem osso suficiente para ancorar os implantes de forma segura.
Uma das razões para a necessidade de aumento ósseo nessa área está relacionada à pneumatização do seio maxilar, um processo natural que ocorre após a perda dentária.
Quando os dentes são extraídos, o osso alveolar, que anteriormente suportava os dentes, começa a sofrer reabsorção. Ao mesmo tempo, o seio maxilar pode aumentar de volume, invadindo o espaço que antes era ocupado pelo osso.
Esse fenômeno é denominado pneumatização do seio e acontece porque o seio é uma cavidade óssea revestida por uma fina membrana mucosa e, após a perda dentária, ele tende a expandir-se na ausência de estruturas dentárias e ósseas que o contenham.
O levantamento do seio maxilar é realizado para corrigir esse problema, permitindo a criação de uma quantidade adequada de osso para suportar os implantes. A técnica cirúrgica consiste em acessar a cavidade do seio através de uma pequena abertura na lateral da maxila.
A membrana sinusal, que reveste o interior do seio, é delicadamente elevada para criar um espaço entre a cavidade sinusal e o osso alveolar. Esse espaço é preenchido com um material de enxerto ósseo, que pode ser de diferentes tipos,
dependendo da situação clínica e das preferências do cirurgião-dentista.
Os tipos de enxertos mais comuns incluem:
1. Enxerto autógeno: utiliza osso do próprio paciente, geralmente retirado de áreas como o ramo da mandíbula ou o mento. É considerado o padrão-ouro, pois tem alta compatibilidade e propriedades osteogênicas.
2. Enxerto alógeno: osso proveniente de um banco de tecidos humanos, devidamente processado e desmineralizado. Ele não é osteogênico, mas serve como uma excelente matriz para a formação de novo osso.
3. Enxerto xenógeno: de origem animal, como bovino, também é amplamente utilizado devido à sua disponibilidade e segurança, além de ter uma boa integração com o osso humano.
4. Enxerto aloplástico: feito de materiais sintéticos, como o fosfato de cálcio, e age como um substituto ósseo artificial.
O sucesso do levantamento do seio maxilar depende de fatores como a qualidade do enxerto e a técnica cirúrgica, permitindo a colocação de implantes com segurança.