
Quando chega o mês de dezembro, muitas pessoas olham para o fim de ano com entusiasmo e expectativa, mas também é comum mesclar uma dose de tensão e impaciência. No Brasil, estudos mostram que esse período pode trazer um aumento expressivo do estresse e da ansiedade.
O conjunto de sintomas — ansiedade, insônia, cansaço, angústia — faz parte do que muitas pessoas chamam de “dezembrite”: o impacto emocional e psicológico do fim do ano. A Síndrome do Fim de Ano é um fenômeno de sazonalidade emocional que acompanha a o excesso de compromissos comuns nessa época. E quando tudo acontece ao mesmo tempo — metas, retrospectivas, logística de viagens, presentes, trânsito, família, finanças — o cérebro reage. O cortisol sobe, o sono piora, a irritabilidade aumenta e aquela sensação de estar “no modo automático” vira rotina.
As causas desse aumento não são apenas a correria com festas, presentes e viagens. A “síndrome de final de ano” costuma vir acompanhada de pressões sociais e pessoais: reflexões sobre o que fizemos no ano que passou, cobranças por metas não cumpridas, comparações nas redes sociais, expectativas irreais sobre celebrações felizes.
Por isso, embora o Natal e o Réveillon sejam momentos tradicionais de festa e alegria, para muita gente eles também podem provocar ansiedade e angústia. É muito importante reconhecer esse padrão e sair do automático. Entre as ações para despressurizar estão: priorizar o que realmente importa, estabelecer limites de expectativas, reduzir expectativas, dividir tarefas, planejar pausas, dizer alguns “nãos” e lembrar que dezembro não precisa ser um sprint final — pode ser só um capítulo a mais do ano, vivido com mais gentileza.