Nas casas existe um inimigo presente, a espreita e pronto para ocasionar problemas para nossa saúde - que vai desde uma alergia, como rinite, gatilho para sintomas de asma, dermatite atópica e micoses pulmonares. Trata-se da umidade - a quantidade de água existente no ambiente que nos cerca.
A Organização Mundial da Saúde recomenda uma umidade ideal entre 50 a 60% mas, dificilmente conseguimos, tendo em vista alguns hábitos existentes, como:
1. Utilizar humidificadores ambientais
Nossa avó sempre falou: "Deixe a janela aberta pois quanto mais ar entrar, mais saúde". O que ela queria dizer era: Quanto mais seco o ambiente, mais saúde. Tecnicamente falando, o ar de um ambiente tem que ser trocado seis vezes por hora. Isso se consegue deixando as janelas e as portas abertas (corrente de ar).
Umidificadores ambientais (como, também, bacias com água ou toalhas molhadas) parecem ser excelentes, no entanto, não possuem uma “chave” que poderia desligar este aparelho quando a umidade ambiental atingisse 60%. Ao contrário, continua sua função elevando esta umidade até níveis superiores a 70%, o que serve como uma espécie de gatilho para os ácaros se multiplicarem.
A poeira doméstica é formada por cerca de 85% de escamas de pele humana, aliada a umidade acima de 70% serve de um verdadeiro banquete para os ácaros. Estes vão produzir bolotas fecais que serão responsáveis por possíveis quadros alérgicos como rinites, gatilho para asma e dermatite atópica, além de propiciarem o aparecimento de bolores cujos esporos, além de processos alérgicos, podem destruir materiais e ocasionar micoses pulmonares.
Devemos dar preferência para desumidificadores ambientais que retiram a umidade ambiental.
2. Arrumar a cama na hora que acorda
Nós perdemos cerca de 2,4 litros de água por dia (dejetos, suor, respiração). Uma grande parte está na cama, à noite. Se arrumarmos a cama no momento de acordar, iremos dificultar a evaporação (secagem) do colchão, o que facilita a vida dos ácaros. Devemos arrumar cerca de 1 a 2 horas após acordar, ventilando o quarto.
3. Usar o travesseiro por mais de 2 anos
Um travesseiro de 2 anos é formado por cerca de 1/3 de ácaros vivos, ácaros mortos e fezes de ácaros. Devem ser trocados a cada 2 anos. Evite levar em viagens, não se deve lavar e devemos dar preferência por travesseiros de latex.
4. Utilizar perfumes “odorizantes” nos colchões
Estes perfumes “odorizantes” possuem um grande percentual de água, o que aumenta a umidade local, facilitando a vida de ácaros e de bolores.
5. Colocar o travesseiro no sol
Ao colocar o travesseiro no sol (prática muito comum), aquecemos a área externa, sendo que internamente fica em uma temperatura ideal para o acasalamento dos ácaros. Colocando no sol, na verdade, estamos criando um verdadeiro “motel” para os ácaros. Coloque em local ventilado e na sombra.
6. Em quartos de alérgicos é errado usar tapetes ou carpetes
Tapetes e carpetes, mesmo limpos e aspirados, apresentam uma grande quantidade de poeira, o que vai ocasionar todos os problemas já descritos.
7. É errado não utilizar protetores em colchões ou travesseiros
Protetores de colchões e travesseiros, tipo sacos fechados por zíper, de algodão por fora e impermeáveis por dentro para impedir a passagem de suor, urina ou mesmo vômito. Estes devem ser trocados semanalmente. Um colchão com protetor dura o seu tempo médio de 7 anos, sem precisar de nenhum tipo de limpeza.