O sol em excesso:
- É o principal responsável pelo câncer de pele, que pode matar.
- Faz com que a pele envelheça muito rápido.
- Leva a queimaduras, que podem ser graves e deixar cicatrizes.
- Bloqueia a produção de células de defesa.
- Machuca os olhos.
Por outro lado:
- O organismo usa a luz solar para produzir vitamina D, que previne contra as fraturas e alguns tipos de câncer.
- A luz do sol deixa o nosso sono melhor.
- A serotonina, substância responsável pela sensação de prazer e alegria, é produzida após a exposição solar.
- Algumas doenças de pele como o vitiligo ou a psoríase se beneficiam da luz solar.
- O sol tem um papel importante para a convivência entre as pessoas. Nos países do Norte, é durante os meses quentes e ensolarados que são feitos os encontros ao ar livre entre amigos e viagens em família.
O sol não é inimigo, pelo contrário, a sua existência torna a nossa vida possível. Ele aquece, ilumina e nos dá alimento. Para os nossos ancestrais tupis, o sol era o Deus Guaraci, que por nunca poder encontrar sua amada Jaci (a lua), criou o Amor (Rudá), que não conhece a luz e a escuridão e pelo qual os dois enviavam suas mensagens e tornavam o romance possível.
O segredo para uma boa convivência com o sol está na contenção. O seu excesso é maléfico e deve ser evitado. Nós, dermatologistas, não queremos que ninguém fique trancado em casa às escuras, isso seria desumano e contrário à vida. Pedimos apenas que a sua relação com o sol seja como deve ser a relação entre os seres humanos, que só funciona se houver limites.
Nos últimos anos, tem-se levantado muitas questões em relação à vitamina D. O que se sabe é que ela é sim fundamental a inúmeras funções do corpo e previne muitas doenças, embora doses altíssimas tenham sido prescritas de maneira irresponsável por alguns colegas.
A orientação atual é que a Vitamina D seja tomada em cápsulas somente em determinado grupo de pessoas como idosos, transplantados, gestantes, lactantes, portadores de osteoporose, hiperparatireoidismo, doenças inflamatórias, autoimunes, renais e após cirurgias bariátricas ou aqueles com doenças de pele que impedem qualquer exposição solar, como Lupus.
Em relação à pele, embora haja polêmica até no meio científico, a recomendação é que a exposição solar seja feita durante 10 a 15 minutos sem filtro solar e nos horários da manhã ou fim do dia. Alguns estudos indicam inclusive que não haja nem a necessidade de exposição ao sol porque a radiação que chega à pele nas atividades do dia-a-dia já seria suficiente. Somado a isso, a quantidade de filtro solar usada pelas pessoas é sempre menor que a necessária para o bloqueio total da radiação. Logo, mesmo não sendo intencional, a pessoa já está se expondo aos raios solares