O peeling de fenol voltou com tudo. Fico feliz por ter sido um dos responsáveis pelo ressurgimento dessa técnica, que é a mais sofisticada da dermatologia. Nela se consegue excelentes resultados de maneira natural e sem exageros.
Há dois anos eu e brilhantes colegas entusiastas do peeling lançamos o primeiro livro sobre esse tema no Brasil. Esse livro fez com que o dermatologista voltasse a olhar para os peelings. Diante de toda a tecnologia disponível, era natural que eles fossem deixados de lado. Durante muito tempo os peelings foram considerados antigos e ultrapassados.
Hoje o cenário é diferente e muitos pacientes nos procuram porque querem enfaticamente fazer o peeling. A maioria deles já se submeteu a outros procedimentos, como preenchimento, laser, fios, toxina ou bioestimuladores e ainda estão descontentes. Entretanto, é bom ressaltar que a associação de procedimentos aumenta a chance de sucesso.
Curioso que essa tendência não é exclusiva do Brasil. No último mês eu dei duas aulas sobre o peeling de fenol para colegas dermatologistas num congresso em Madri. Em uma delas havia gente sentada até no chão e uma fila de aproximadamente 60 pessoas na esperança de alguém sair para um deles entrar na sala.
Nosso país tem uma vocação para sacanear e os peelings não ficaram fora disso. Muitos colegas vendem o slogan de que “o fenol rejuvenesce 20 anos”. Embora os seus resultados sejam exuberantes e incomparáveis, não podemos prometer isso. Além disso, para ser seguro o peeling precisa ser feito por um profissional com profunda experiência e treino nessa técnica.
Como tudo precisa evoluir, tenho estudado também o papel do peeling de fenol para outras doenças, como o melasma e até para o câncer de pele. Os resultados tem sido animadores.