
O mês de dezembro é dedicado à conscientização sobre o HIV e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A campanha Dezembro Vermelho reforça a importância de abordar a saúde sexual de forma ampla, incluindo a atenção especial à região anal, sobretudo entre pessoas sexualmente ativas.
O coloproctologista Danilo Munhóz, da clínica Primazo, lembra que “falar de saúde sexual também significa olhar com atenção para a região anal, especialmente entre pessoas sexualmente ativas. A campanha tem como foco a prevenção, o diagnóstico precoce e o combate ao estigma, lembrando que HIV e ISTs não são apenas estatística, mas fazem parte da vida real de milhões de brasileiros. Informar sem tabu, com linguagem simples, é uma das formas mais eficazes de proteger a população e incentivar que as pessoas procurem ajuda médica sem medo nem vergonha”.
Na região anal, as ISTs mais comuns incluem HPV, herpes, sífilis, gonorreia e clamídia, que podem causar sintomas como coceira persistente, dor, sangramento, secreção e o surgimento de verrugas ou feridas. Segundo Munhóz, “o coloproctologista é o especialista indicado para examinar, solicitar exames específicos, como anuscopia e coleta de material para testes, e tratar adequadamente. Esse acompanhamento também é fundamental para prevenir complicações, como infecções crônicas e lesões precursoras de câncer anal, especialmente em quem pratica sexo anal com maior frequência ou tem outros fatores de risco”.
O médico destaca que a prevenção continua sendo a melhor forma de proteção. “A mensagem central para o público é clara: sexo seguro continua sendo a principal ferramenta de prevenção. Uso de camisinha em todas as relações, de lubrificante no sexo anal para evitar fissuras, vacinação contra HPV e hepatites, além de testagem periódica, fazem diferença concreta na saúde”, explica.
Para quem pratica sexo anal regularmente, Dr. Danilo recomenda incorporar o coloproctologista à rotina de cuidados com a saúde sexual. “Quem pratica sexo anal regularmente deve encarar o coloproctologista como um aliado, assim como já se fala em ir ao ginecologista ou urologista. Uma consulta preventiva por ano, ou em intervalos menores em casos de maior risco, ajuda a detectar qualquer alteração cedo e manter a vida sexual ativa, prazerosa e protegida”, orienta.
