O estudo francês aponta que as crianças não são um importante vetor de contágio do Covid-19. De acordo com a pesquia, elas são menos contagiosas e menos contaminadas pelo vírus que os adultos. A análise foi publicada nas páginas dos jornais Le Parisien e Le Monde de hoje.
O estudo foi realizado por pediatras com 605 crianças de menos de 15 anos na região metropolitana de Paris e organizado pela Associação Francesa de Pediatria ambulatorial.
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A região parisiense é uma das mais afetadas pela epidemia no país, lembram os jornais. Os jovens foram acompanhados por 27 pediatras durante quase um mês, de 14 de abril a 12 de maio.
O objetivo era desvendar o papel das crianças e dos adolescentes na propagação da epidemia do novo coronavírus, informa Le Monde.
Ainda existem muitas incertezas e fatores desconhecidos sobre a doença, mas "as crianças parecem ser menos infectadas e menos contagiosas", aponta o pediatra infectologista do Hospital Intercomunal de Créteil, Robert Cohen, coordenador do estudo.
Segundo ele, a pesquisa confirmou que a doença atinge principalmente os adultos. "Os casos graves e mortes ocorrem quase que exclusivamente em idosos ou pessoas que tinham doenças pré-existentes", detalha o infectologista.
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Recentemente a agência de Segurança Sanitária de Saúde Pública da França informou que os casos pediátricos de Covid-19 representam uma pequena porcentagem do total de contaminados no mundo, entre 1% e 5%.
O estudo francês corroborou e afinou esses dados. Entre os participantes, 53,2% deles eram assintomáticos, e as outros apresentavam sintomas leves. Entre esses, 37% tinham tido alguns sintomas nas semanas que precederam o estudo. Os testes confirmaram a pequena incidência de contaminação. Apenas 1,8% dos testados com exames PCR tiveram resultado positivo para a Covid-19.
Os exames sorológicos indicaram que 10,7% das crianças tinham sido infectadas. Todos tiveram como fator de risco o contato com uma pessoa adulta contaminada, geralmente alguém da família, segundo o estudo. Conclusão: são os adultos que infectam as crianças e não o contrário como se pensava no início da epidemia.
Fonte - RFI