O Instituto Gamaleya, de Moscou, anunciou esta quinta-feira (20) que a Stupnik V, vacina desenvolvida pela Rússia para combater o
novo coronavírus (Sars-CoV-2)
, deve imunizar contra a doença por no mínimo dois anos.
Mesmo sem estudos clínicos que comprovem os resultados da imunização em humanos, a vacina russa contra Covid-19 foi registrada na semana passada como a primeira no mundo . Detalhes sobre a eficácia e segurança da vacina também não foram publicados.
Campanha de vacinação
O Instituto Gamaleya anunciou que a vacina deve começar a ser distribuída na semana que vem através de 45 centros médicos na Rússia. Segundo o CEO do Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), Kirill Dmitriev, a primeira etapa de vacinação focará em grupos específicos e poderá ser considerada a fase 3 dos testes clínicos.
“A vacinação dos grupos de alto risco [profissionais médicos] vai começar concomitantemente aos ensaios clínicos pós-registro. As pessoas que vão receber a vacina serão devidamente monitoradas para garantir que todos os procedimentos sejam seguidos", afirmou Dmitriev. Segundo ele, a imunização será voluntária tanto para grupos de alto risco quanto para o restante da população.
A vacinação em massa mais ampla está prevista para outubro , enquanto a exportação do produto só deve acontecer em novembro.
Testes em mais países
A Rússia avalia fechar parcerias internacionais para a realização de testes e a produção da Sputnik V. De acordo com cientistas do Instituto Gamaleya, países da América Latina e Brasil estão inclusos na avaliação.
No Brasil a última vacina autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi a da Johnson & Johnson, na terça-feira (18). Por enquanto o órgão não se pronunciou sobre quando testes da imunização russa poderão acontecer no Brasil.