Um novo levantamento da Ipsos indica que 88% dos brasileiros se vacinariam contra a Covid-19 caso a vacina estivesse disponível para a população. No ranking divulgado pelo instituto, o Brasil aparece empatado com a Austrália (também com 88%) na segunda posição, atrás apenas da China, onde 97% tomariam a vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2). A média global é de 74%.
De acordo com a Ipsos, foram ouvidos quase 20 mil adultos de 27 países em nome do Fórum Econômico Mundial. O motivo mais alegado por aqueles que não receberiam a vacina
é a preocupação com os efeitos colaterais
(56%), seguida da dúvida sobre sua eficácia (29%).
No 27 países, a pesquisa indica ainda que 59% não esperam que a vacina seja uma opção antes do final deste ano. Os países com menor adesão à vacina são: Rússia (54%), Polônia (56%), Hungria (56%) e França (59%).
O que chama a atenção são os motivos pelos quais os brasileiros não tomariam a vacina: 63% justificam que se preocupam com os efeitos colaterais, 21% não acreditam que a imunização seria eficaz, 10% acham que não estão correndo risco de se contaminar com a doença, 7% são contra vacinas em geral, 2% declaram não ter tempo e 18% alegam outras razões (a questão possibilitava responder múltiplas alternativas). No Brasil, 51% acreditam que a vacina estará disponível ainda neste ano.
Em cada um dos 27 países, o motivo número 1 para não tomar a vacina é a preocupação com os efeitos colaterais, citados por 56% globalmente (de 70% na Espanha e 68% na Suécia a 41% na Argentina e 40% na Arábia Saudita).
O segundo motivo mais comum para não querer tomar uma vacina é a dúvida sobre sua eficácia, citada por 29% globalmente (de até 44% na Rússia e Polônia para apenas 12% na China e 9% no México).
O terceiro motivo mais comum é a percepção de não ser o suficiente em risco da Covid-19, citado por 19% globalmente. Entre aqueles que relutam em ser vacinados, essa opinião é mais prevalente na Índia (37%), Malásia (36%) e Suécia (35%), enquanto é menos comum na Itália (7%) e no Brasil (10%) .