O governo da Irlanda decretou, na segunda-feira (19), um novo bloqueio nacional, que obriga os cidadãos a permanecerem em casa, na tentativa de conter a propagação da Covid-19.
Com a medida, a Irlanda se tornou o primeiro país da União Europeia a retomar o lockdown diante da segunda onda de casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O primeiro-ministro da Irlanda, Micheal Martin, falou durante pronunciamento televisivo, que bares, restaurantes e comércios não essenciais fecharão suas portas por pelo menos seis semanas. Os estabelecimentos só poderão fazer venda para viagem.
O novo confinamento, menos restrito que o imposto no início da pandemia de Covid-19, entrará em vigor a partir da próxima quinta-feira (22). Escolas e creches, no entanto, permanecerão abertas. Reuniões familiares serão proibidas, assim como visitas a outras residências.
Já o deslocamento não essencial, como passeios ou saídas de casa para exercícios físicos, serão limitados a um raio de cinco quilômetros. Com isso, a população só poderá deixar sua região para trabalhar, estudar ou "por outros propósitos essenciais", apesar de o governo incentivar o home office.
"Estes são os tempos mais difíceis", disse Martin em seu discurso. A Irlanda registra 1,8 mil mortos e 50,9 mil casos oficiais do novo coronavírus. Entre o último domingo (18) e ontem, porém, contabilizou mais mil novos casos da doença.