O secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn
, afirmou nesta quarta (21) que em reunião com o ministro da saúde, Eduardo Pazuello
, nesta manhã, foi dito que o governo federal cancelaria a compra de apenas 6 milhões das 46 milhões de doses da Sinovac que haviam sido prometidas.
Poucos minutos depois do contato entre Gorinchteyn e Pazuello, o Presidente Jair Bolsonaro
anunciou pelas redes sociais que não iria adquirir a CoronaVac, produzida pela Sinovac, laboratório chinês junto ao Instituto Butantan.
Segundo o secretário, o ministro tinha conhecimento da intenção de Bolsonaro, contudo, acreditava que o cancelamento seriam apenas das doses que viriam prontas da China , não de todo o conteúdo.
“O que deu a entender é que os seis milhões de doses da vacina do Butantan que viriam da China, esses não seriam adquiridos, apenas os 40 milhões. Isso é o que deu para entender. Mas queremos entender melhor essas tratativas", afirmou.
Apesar do governo federal ter cancelado a compra da vacina, o governo paulista continua com o contrato fechado com o laboratório chinês para adquirir as doses, que segundo o secretário, será distribuído para os brasileiros:
"Recebemos com imenso espanto (a notícia do cancelamento). A vacina é um direito da população, e é a única maneira que temos de evitar que tantas pessoas continuem morrendo. O governo do estado de São Paulo irá, assim que aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), fornecer aos brasileiros a vacina"
Em relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde no dia 19 de outubro, existem 44 candidatos à vacina que estão na fase 1,2 ou 3 de testes com seres humanos. A CoronaVac está na última fase da etapa de pesquisa, mas aguarda os resultados dos testes de eficácia que dirão se a vacina protege ou não contra o novo coronavírus (Sars-Cov-2).