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Os dados indicam que 34,7% dos entrevistados acreditam que a cloroquina é eficaz como prevenção contra a doença
Foto: Agência O Globo
Os dados indicam que 34,7% dos entrevistados acreditam que a cloroquina é eficaz como prevenção contra a doença

Em um levantamento feito online com 3.882 médicos sobre questões como situação dos locais de trabalho e saúde mental, a Associação Médica Brasileira (AMB) descobriu que 1/3 dos entrevistados acredita em alguma forma de “tratamento precoce” contra a Covid-19 – cuja ineficácia já foi comprovada. 

Os dados indicam que 34,7% dos entrevistados acreditam que a cloroquina é eficaz como prevenção contra a doença, enquanto 41,4% veem o mesmo potencial na ivermectina.  

Atualmente, os medicamentos são oferecidos para pacientes em algumas redes públicas, como no Amazonas – além de já ter sido defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Segundo a entidade, essa falta de consenso sobre o assunto é o que acaba gerando ainda mais confusões.  

Mesmo assim, segundo César Eduardo Fernandes, presidente da AMB, “mais de 60% acreditam que a cloroquina é ineficaz, mas alguns ainda acreditam que é para prevenção (pesquisas científicas também já comprovaram que não há benefício no uso desses remédios para evitar a infecção pela Covid). Hoje, os estudos controlados, que têm validade para atestar a eficácia, apontam que esses medicamentos não atenuam e não reduzem mortalidade”. 

Além disso, Fernandes afirma que os medicamentos citados “não são isentos de efeitos colaterais, que podem ser graves”. Isso porque – com esses remédios em específico – alguns pacientes podem apresentar tontura, alterações gastrointestinais e aumento da pressão arterial.  

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A questão de alguns médicos ainda acreditarem na eficácia do “tratamento precoce”, segundo Fernandes, ainda está ligada à falta de uma diretriz unificada sobre a adoção desses remédios. “Eles recomendam pela falta de fala uníssona das autoridades públicas e privadas”, afirma.  

Questionário online 

Médicos do Brasil todo responderam ao questionário de forma online entre dezembro e janeiro. De todos os entrevistados, 54% estão atualmente atuando na linha de frente de combate à doença. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos. 

Via: Estadão

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